domingo, 10 de março de 2019

Fiel companheira...

Estou em, pró subsistente, fase de adaptação a uma nova realidade, não só laboral/profissional, como dalgum modo até existencial. Uma realidade que desde logo inclui uma vertente burocrática que jamais fez parte integrante das minhas actividades laborais/profissionais até ao presente momento, como tão pouco e até acima de tudo faz sequer parte integrante da minha natureza própria; a que se adiciona uma vertente de atendimento ao publico que, inclusive por minha parcial opção própria, não pratico desde há cerca de duas décadas a esta parte; ao que respectivamente acresce uma vertente interpessoal e social, que salvo aqui na dimensão virtual, da minha parte estava reduzida à quase presencial nulidade prática desde há cerca duma década e meia a esta parte; mas curiosamente inclui ainda esta minha nova, polivalente, actividade laboral/profissional actual, na sua formal categoria de prestação de serviços, a vertente fotográfica; neste último caso enquanto fotografia como minha paixão própria e respectiva grande base deste meu blogue, desde que praticada ao meu ritmo e segundo o meu inspirativo/conceptual critério próprio, sendo que ao nível da minha actual actividade laboral/profissional, a minha respectiva prática fotográfica funciona mais a um nível documental-burocrático e/ou de reportagem de circunstancia, a que na medida do possível adiciono o meu cunho próprio, mas que de base e em conclusão me ultrapassa em muito a mim por mim mesmo.

Seja que com mais ou menos prós e contras, inclusive à imagem e semelhança de basicamente (quase) tudo o mais nesta nossa vida, resumidamente diria que estou de momento a viver em grande medida: "fora da minha zona de conforto"_ com ressalva desta última não raro e sob diversos aspectos ser essencialmente não acomodável _ e/ou ainda como também agora se costuma dizer: "fora da caixa"! O que por si só não deixa de ser altamente aliciante e em grande medida até positivamente profícuo, mas por outro lado tão pouco deixa de mexer com todas as minhas normativas existenciais, ao menos, da última década e meia a duas décadas a esta parte _ o que desde há cerca de meia dúzia de anos a esta parte inclui esta minha intermédia existência virtual, aqui no blogger em concreto. Cuja minha pró subsistente fase de adaptação a uma nova realidade laboral/profissional e até existencial actual, já seja por minha carência temporal e/ou até interior própria inerente, está de momento a ser mais um acrescido motivo para as minhas ausências daqui, o que no entanto espero aprazo venha a ser motivo para aqui vir mais vezes ou pelo menos com mais e melhor substancia! 

Mas de entre o que para já venho com um motivo ocorrido há já três semanas atrás, com mesmo dito motivo em certa medida derivado da fase adaptativa que estou a atravessar no momento e de como esta última, pelo melhor e pelo pior, semi-implícita ou explicitamente, desde logo por via da minha (in)disponibilidade mental inerente, interfere com a minha vida dum modo geral.   

Sequência do que termina sendo uma complexa postagam em três tempos, incluída a presente introdução. Mas que na circunstancia apenas o último e por si só satisfatório desses tempos acaba por dar titulo absoluto à presente postagem na sua globalidade; cuja vertente escrita da mesma, tal como se segue, foi concretizada no momento em que eu estava a vivênciar o seu conteúdo prático, ainda que só agora (10/03) me sinto com disponibilidade para rever e publicar o relato inerente, a partir de que passemos então ao que interessa!

Luto Fotográfico

Quando por diversos motivos, próprios e envolventes, perdemos a esperança de reencontrar/recuperar o que ou quem perdemos...


...se bem recordo, esta é a primeira vez que aqui partilho uma foto não feita por mim, nem por nenhuma das minhas máquinas, como base fotográfica duma minha postagem própria. Ainda que a foto em causa, tal como exposta acima, tenha sido por mim editada para foto monocromática a partir duma foto colorida, sob licença livre da Net. Daí que assumo-a pela minha improvisada edição da mesma e não pela sua origem externa mim. Tudo isto porque hoje (17/02), em que escrevo o presente, não me sinto merecedor de partilhar aqui qualquer foto feita por mim e muito menos pela minha, até ontem (16/02), mui fiel Fuji X10. VB

O seguinte só tem que ver com bens materiais, no literal sentido do termo, de entre precisamente o valor material (económico-financeiro) dum bem e o que nos custa pagá-lo, a que em alguns casos, que não no meu, pode acrescer o respectivo valor material que retiramos do mesmo. Pois tudo o mais, que vou dizer de seguida, tem fundamentalmente que ver com Valores, senão mais elevados, pelo menos mais subjectivos ou essenciais, como por exemplo o afectivo ou documental conteúdo fotográfico perdido, cara ao mero valor material do suporte _ máquina fotográfica e seus itens de memória _ que me levou a adquirir e guardar momentaneamente esse conteúdo.

Além de, até derivado do anterior ponto, haver objectos materiais que pela sequência em que, como e para que os adquirimos; a forma como nos relacionamos com eles, designadamente as sensações que estes nos transmitem; a que no presente caso acrescem as circunstancias em que e como perdemos o contacto com o/s mesmo/s; o facto é que na sua globalidade e ressalvadas as devidas distâncias chega a ter algum, mesmo que residual, nível de equiparação a como nos relacionamos com outra(s) pessoa(s) humanas, nossas semelhantes.

Tudo o anterior para muito sucintamente dizer que o que eu poderia expressar em mil e uma(…) palavras ou até nem expressá-lo de objectiva forma absolutamente alguma, aqui para o caso resumo-o da seguinte forma:

_ Nos últimos cinco a seis anos a esta parte, não só as fotos que partilho aqui no blogue e nas redes sociais em geral, como literalmente todas as fotos que fiz desde então, mais de noventa por cento (90%) destas foram feitas com a minha pequena e fiel companheira _ salvo a publicidade _ Fuji X10. Enquanto Fuji X10 que ontem mesmo (Sábado 16/02/2019) perdi numa circunstancial sequência que nem vou começar a descrever, porque em parte sequer têm descrição possível, mas que em suma foram umas circunstancias que me levarão muito tempo a perdoar-me a mim próprio, se é que chegarei a perdoar-mas, aquém e além de ter de as suportar e/ou de na medida do possível ter de as digerir como e enquanto tais.

O que em conclusivo resumo, diria então que associado ao facto de eu já estar a atravessar uma fase significativamente exigente modo geral, com reflexos extensíveis a esta minha existência virtual, mas também à minha expressão fotografia, enquanto esta última concretizada da minha perspectiva e por minha iniciativa pessoal própria, inclusive como básico-fundamental modo de sustentação deste meu blogue; eis que logo ontem (16/02) em que, excepcionalmente face aos últimos tempos, saí de casa (quase) exclusivamente motivado pelo factor fotográfico, curiosa e ironicamente acabei por perder a minha, de já anos a esta parte, fiel companheira fotográfica (Fuji X10); o que por seu turno leva a sentir-me agora em, por também assim dizer, efectivo luto fotográfico, sem saber bem até quando assim será e nem como sairei do mesmo, desde logo se sairei mais ou menos fotograficamente inspirado!? Até porque a outra máquina que tenho de momento, já seja por tamanho, por peso e por sensações gerais só a costumo utilizar em casos muito específicos e pontuais, como por exemplo em fotografia de paisagem mais elaborada e/ou em fotografia nocturna mais exigente do que a norma geral _ que em qualquer dos casos só pratico muito residualmente. Pelo que para fotografia em geral, independente de a mais curto ou médio prazo eu ter de adquirir uma nova máquina mais compacta, equivalente à X10, ao menos de momento sinto-me de facto fotograficamente de luto, pior se por minha responsabilidade própria, levando-me até a dizer que, no mínimo por minha incúria própria, fui eu que abandonei a minha X10, que fotograficamente (quase) tudo me deu nos últimos anos.

Fiel companheira

Apesar de e/ou até por evidências de partida pouco ou nada animadoras, no entanto...



...mesmo quando tudo parece estar a descambar, há sempre uma base e/ou um fundo "verde esperança" _ que depois se confirma ou não como tal! VB

 Após já ter perdido toda a esperança de voltar a rever a minha  fiel companheira fotográfica de anos, mas também num último fôlego de meu descargo de consciência com relação a não deixar de esgotar todas as oportunidades de procurar rever a mesma, eis que após cerca duma dezena de infrutíferas chamadas telefónicas e dalguns quilómetros percorridos de automóvel, por acaso muitos menos do que à partida cheguei a supor, naquilo que conforma uma rocambolesca história em si mesma, algures entre o trágico-cómico, cuja descrição não cabe extensivamente aqui, o facto é que "milagrosamente" acabei por reencontrar e reaver a minha, diria agora, mais que nunca: fiel companheira fotográfica _ salvo sempre a publicidade, que ninguém me encomendou nem me paga_ Fuji X10, cuja foto imediatamente acima foi feita a 20/02,  após meu reencontro e correspondente reunião com a mesma no final do ainda dia 17/02,  com este último correspondente ao mesmo fim-de-semana (16 e 17/02) em que tive a minha X10 perdida, por quase vinte e quatro horas consecutivas _ quando tudo chegou a indicar poder ser definitivamente!

VB