quarta-feira, 31 de maio de 2017

A vida com outros olhos II / Life with other eyes II


             Aproveitando o titulo e o conteúdo da foto acima:

            Aqui tenho de confessar que como puro amador fotográfico dependendo doutras actividades laborais/profissionais que sustentem a minha curiosidade/paixão fotográfica. Sendo que as coisas de que eu gosto, como a fotografia, ou as faço de corpo e alma ou não as faço em absoluto, porque mesmo não me tendo como um radical em coisa alguma, no entanto a este nível, por assim dizer, de paixão, sou de tudo ou de nada. Logo como não profissional fotográfico, que não sei até que ponto é melhor ou pior assim, no entanto leva recorrentemente a que possa estar ou até mesmo a não poder deixar de estar semanas e a espaços até meses sem fotografar em absoluto, por carência de tempo e/ou até de disponibilidade pessoal geral para tal, mas quando a ocasião se proporciona, nem que seja por um escasso dia, em semanas ou em meses, então fotografo quantitativa e na medida do possível qualitativamente como se não houvesse amanhã, como seja com total entrega.  

            Mas! De entre o que entra a particular curiosidade de nos cerca de últimos dois anos eu ter significativa disponibilidade temporal derivada dum misto de prolongada baixa médica associada a condição de desemprego _ até porque o ortopédico motivo de baixa médica interfere directamente com as actividades laborais/profissionais essencialmente físicas que eu pratico, pelo menos de há cerca de década e meia a esta parte. Ah! E já agora devo referir que isto sem qualquer intermédia subsidiação estatal de que inclusive auto abdiquei logo à partida, acima de tudo por um meu princípio próprio de fundo, cuja objectiva descrição não cabe agora aqui. Mas dai derivando uma significativa austeridade financeira, com acrescida e mais substancial intranquilidade interior, acima de tudo com relação ao futuro, mesmo que por circunstancias da própria vida, desde há muito, dalgum modo desde globalmente sempre eu me tenha habituado a viver na instabilidade, designadamente laboral/profissional, mas também existencial geral, como seja com permanente adaptação às circunstancias do dia-a-dia, que no meu caso são significativamente voláteis e estão muito aquém e além de carreiras e/ou de projectos de longo prazo. Como seja que em permanência tudo pode mudar literalmente dum momento para o outro e muitas vezes ou em muitos casos o pior mesmo é quando não muda!

            E não, com isto não me estou a lamentar de coisa absolutamente alguma, porque se há coisa que até pró vital, sanitária ou subsistentemente eu jamais deixo de fazer é procurar retirar o mais positivo proveito de tudo isso, das circunstâncias da vida tal como ela se me apresenta, até talvez ou seguramente por isso estou a escrever o presente. Pelo que o que aqui e agora contextualmente pretendo é encaixar a minha curiosidade/paixão fotográfica em toda esta sequência, para no caso dizer que a minha relativamente amiúde presença fotográfica aqui no blogger nas últimas semanas, deriva da disponibilidade temporal de que usufruo de momento, mas salvo uma excepção ou outra, de resto esta minha presença não deriva necessariamente só e nem na sua maioria de fotos recém feitas, o que como tal tem a vantagem de eu estar a revisitar e a aproveitar fotos semi-esquecidas, em que se acaso eu estivesse frequentemente a fotografar de novo só por certo não regressaria a pelo menos algumas delas. Sendo que se não fotografo muito de novo, em parte é pela mais prosaica austeridade económico-financeira, mas acima de tudo pelo paradoxal dilema de que se por um lado disponho de tempo, no entanto não disponho de toda a devida e mais substancial tranquilidade/disponibilidade interior. 

            Global sequência esta perante a que regra geral sou mais dado a escrever do que por exemplo a fotografar, até porque o acto de fotografar é para mim essencialmente um misto de curiosidade técnica e de paixão recreativa, que sendo em qualquer dos casos algo positivo e construtivo, no entanto enquanto amador não me é algo indispensável a designadamente tão só sobreviver; enquanto escrever, inclusive contra todas as expectativas de partida(…), nasceu de impulsivo/compulsivo acto espontâneo, como um circunstancial/providencial meio de tão só necessitar subsistir mais um (in)constante e (im)permanente presente momento nas e às circunstancias do meu dia-a-dia próprio e mas também do dia-a-dia colectivo, em especial quando as interacções e/ou as inter-influências inerentes não sejam sempre e nem por vezes de todo as melhores; isto enquanto necessitando eu do melhor de mim para mim mesmo e para com o exterior e vice-versa do exterior por si só e para comigo, de entre o que por assim muito sucintamente dizer a escrita funciona para mim como uma espécie de não menos pró positiva e construtiva catarse e/ou reciclagem interna, inclusive por via da de todo não menos catártica e/ou reciclica (se é que este último termo existe como tal!?) leitura; e entretanto, já mais de duas décadas após ter começado originalmente a escrever acto espontâneo para tão só necessitar sobreviver e de durante mais duma década consecutiva tendo tido de o fazer literalmente todos os dias, nem que para isso tivesse de perder literais noites inteiras de sono, como recorrentemente continua a suceder, se e quando não raro de entre dias de actividades laborais/profissionais de subsistência relativamente exigentes, que nada têm que ver com escrita, tendo-me isso inclusive custado alguns múltiplos dissabores, que no entanto e até à data jamais suplantaram os benefícios. Pelo que mesmo incluindo ainda todas as minhas carências técnicas, concepcionais e/ou substancias inerentes, o facto é que posso afirmar com toda a propriedade que, apesar de e/ou até por tudo, tenho na escrita a minha maior, melhor quando não mesmo única forma de expressão e até de existência própria. Na circunstância tanto melhor se complementada por esta minha curiosidade/paixão fotográfica, que no não menos curioso caso me está por si só a fazer escrever ao respeito, sem ainda natural prejuízo de toda a minha restante vida laboral/profissional, familiar, social, etc., com todas as suas incontornavelmente melhores e piores circunstâncias inerentes, como de resto transversalmente inerente a todos e a cada um de nós, nesta nossa condição existencial, terrena e em suma universal _ de que a própria louva-a-Deus e a folha de limoeiro em que a mesma está pousada na foto são derivantes exemplos. No caso justificando e sustentando no seu todo esta minha existência fotográfica, escrita e em resumo pessoal e humana modo geral, que no seu global conjunto aqui me trouxe e como tal aqui me tem.

            E dito o dito, como sempre, vou procurando sustentar a minha presença fotográfica aqui, já seja mais amiúde ou mais intermitentemente e com fotos mais recentes ou mais remotas a partir do meu arquivo fotográfico. Em qualquer caso como uma minha necessidade ou prazer própria/o, que por inerência justifique um respectivo mínimo interesse e/ou prazer alheio _ desde logo de quem mais directa e explicita ou indirecta e anonimamente aqui me segue. 

            Mas que enquanto precisamente neste meu presente espaço virtual que se pretende essencialmente fotográfico, não posso em resumo deixar de pedir perdão e de correspondentemente expressar gratidão, em qualquer dos casos pela vossa necessária paciência face a esta minha, longa, explanação escrita _ ao menos para quem conseguiu ler o mesmo até aqui. Mas a partir de que em conclusão e acima de tudo necessito expressar consideração e estima por quem de bem aqui me segue, incluindo a minha profunda admiração por algum/as de vós, que até como tal e na medida do possível eu mesmo sigo aqui no blogger e/ou no G+. VB

Declínio solar & Ascensão Lunar / Solar Decline & Moon Rise


domingo, 21 de maio de 2017

...Lei da selva / ...Law of the jungle


Tal como indiciei anteriormente que continuaria com este assunto, ainda que noutros meios e/ou para outros fins que não aqui para o blogue, mas também sem prejuízo deste. O facto é que não pensava nem sequer pretendia voltar a este assunto aqui no blogue tão cedo. Mas ao constatar o ninho vazio há já dois dias não resisti a vir aqui propor um exercício muito simples que é:

_ Imagine-se que este ninho de cegonha está vazio, porque a família de cegonhas que o ocupava cumpriu positiva e satisfatoriamente a sua natural função procriativa.


Só que em concreto há pelo menos três anos que nenhuma família de cegonhas consegue procriar com sucesso neste mesmo ninho.
                                                                                                                       VB

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Espontâneo acto dançante / Spontaneous dancing act

 

sábado, 20 de maio de 2017

Luar poético / Poetic moon


Progenitor/a coragem - Lei da selva / Progenitor courage - Law of the jungle

Dia 19/05/2017


Para quem acompanhou todo este meu prévio relato alusivo à família de cegonhas, enquanto história por mim titulada de “Progenitor/a coragem”, lembrar-se-á que ao início da mesma eu referi que tendo a prender-me _ vulgo a defender _ causas tendencialmente perdidas. E hoje dia 19 foi o culminar de mais uma causa perdida, pois que o/a “Progenitor/a coragem(!?)”, desapareceu pelo menos entre as sete e vinte (07:20h) da manhã e as dezanove e quinze (19:15h) da tarde, altura em que reapareceu então uma cegonha adulta a rondar o ninho, que tudo indica fosse o/a até então “Progenitor/a coragem”, isto quando desde logo e de entre meio dito/a progenitor/a não apareceu em absoluto entre as 07:20h da manhã e as 15:00h da tarde, levando-me circunstancialmente na sequência a denunciar os factos aos técnicos do Parque Natural (PN) local. O que respectivamente suscitou um relativamente complicado, tecnicamente pesado e moroso processo de resgate da cria sozinha no ninho, que de entre muitas condicionantes dito resgate só se viu concretizado precisamente por volta das, já atrás citadas, 19:15h da tarde, isto sem que durante cerca de doze horas consecutivas o/a progenitor/a desse o mais mínimo sinal de vida, pressupondo o seu definitivo desaparecimento, à prévia imagem e semelhança do sucedido com o/a seu/sua companheiro/a. Mas voltando ao resgate, o mesmo acabou por envolver meios técnicos, materiais e humanos à partida impensáveis para mim, incluindo um veículo pesado com grua da EDP, que teve de fazer cerca de setenta quilómetros para cada lado (vinda e ida), pró efectivação do resgate da jovem ave. O que por seu turno me levou a sentir-me responsável/culpado pelo envolvimento desses mesmos meios, inclusive já em horários extra laborais dos seus respectivos técnicos _ quer do PN, quer da EDP. Ainda que isto também por via do PN local não ter meios próprios para fazer este tipo de resgate, tal como nenhuma entidade oficial local (concelhia) parece ter esses mesmos meios em absoluto. Aliás quando através do PN me foi comunicado via telefone que por um lado os serviços Municipais locais, de momento não têm essa disponibilidade de meios e que os Bombeiros locais, primeiro disseram que "esse tipo de serviço se paga" e depois rectificaram dizendo que "nem pago nem ser pago, porque simplesmente não tinham escada que chegasse ao ninho", havendo no entanto ainda a possibilidade de resposta positiva da PT ou da EDP; na imediata sequência enviei uma mensagem SMS à técnica Ana do PN que se encarregou de tratar do assunto, a dizer-lhe basicamente que: "...apesar de eu estar desempregado me predispunha a pagar até 50 €uros para resgatar a cria de cegonha", isto na esperança de que os técnicos do PN conhecessem alguém local, mesmo que particular, que tivesse meios _ vulgo uma escada adequada _ e uma ou duas horas disponíveis para resgatar a ave; mas em conclusão o PN teve de se socorrer de meios técnicos e materiais significativamente pesados, a partir de origem distante e ainda de pessoal em horário de serviço extra regular, no caso concreto da EDP, sendo que por tudo isto e pela demora envolvida na procura e comprometimento dos meios necessários ao resgate, foram as próprias e inexcedíveis técnicas do PN que também tiveram de fazer horas extras, não pagas, para se poder resgatar a jovem e entretanto já muito debilitada ave. 




Tudo para eventual ou mesmo muito provavelmente a cria não sobreviver, porque quando resgatada já se encontrava bastante desidratada, ainda que cerca duma hora antes do resgate se mostrasse algo activa, talvez ou seguramente como uma espécie de derradeiros reflexos de vitalidade, após pelo menos doze horas sem comer e sem beber, sob sol escaldante e vento secante. E eu que até suscitei o processo de resgate em causa, precisamente impulsionado pela necessidade de salvar a cria ou pelo menos de aliviar a sua degradante agonia, no entanto na última hora deixei-me embrenhar num meu significativo sentido de culpa/responsabilidade pelo envolvimento dos "pesados" meios técnicos, materiais e humanos em causa, que ao nível humano incluíram duas técnicas do PN e mais dois respectivos técnicos da EDP, com as correspondentes viaturas, pelo que concluído o resgate e ao menos que eu me apercebe-se não tendo as técnicas do PN dado de imediato de beber à cria, também eu mesmo me esqueci de conferir e/ou de as lembrar em objectivo de tal facto, tendo antes passado a tentar justificar a minha posição perante as pessoas e respectivas entidades envolvidos, inclusive com isso atrasando alguns minutos mais a trasladação da cria de cegonha para o seu destino, que segundo as técnicas do PN seria para um outro ninho de cegonha a fim de ser sustentada por outros progenitores _ de substituição. 



Enfim, no final de tudo isto e numa reflexão que me levaria e/ou eventualmente me levará significativamente longe, creio que perdi a minha causa inerente em (quase) todos os sentidos, salvo pelo facto de ter feito em global medida o que me ditou a minha própria consciência, nas circunstâncias em causa, coincidindo isso com o resgate da derradeira cria de cegonha com vida, ainda que já muito debilitada/desidratada, logo com escassas possibilidades de sobrevivência e como tal com eventual vão esforço de todos os meios envolvidos. Isto enquanto do mero ponto de vista humano comigo no epicentro de tudo, desde logo enquanto eu como único responsável por suscitar todo o processo de resgate inerente, por respectiva inerência da minha consciência face ao objecto de resgate (uma cria de cegonha) e de toda a sua envolvência natural e humana _ que tudo o mais que por aqui partilhei reflecte dalguma mínima forma. Tudo isto mesmo que por meu mais que humilde até mesmo obediente princípio original próprio, associado ou dissociado a uma múltipla série doutras causas, efeitos e consequências próprias e envolventes, precisamente em sequência do que sempre ditou a minha própria consciência, também (quase) literalmente sempre me senti e/ou me foi envolventemente feito sentir, por assim dizer, muito mais como pesarosamente culpado do que como positivamente virtuoso, mesmo que a partir da melhor das intenções e/ou dos instintos; o que até e/ou acima de tudo por isso, me levou na melhor das hipóteses a olhar-me a mim mesmo como uma espécie de "bicho raro", no limite não devida ou plenamente encaixável, por si só no meio sociocultural envolvente e/ou na pior das hipóteses como alguém que estaria positiva ou plenamente errado com relação à Vida; o que ainda e à respectiva cautela a partir de determinado momento e/ou fase da minha vida, me levou também e muito consequentemente a tender auto anular-me prática, (inter)activa e funcionalmente a mim mesmo, com correspondência a já várias décadas, para por si só evitar perturbar e/ou no limite eventualmente prejudicar o que ou quem mais quer que seja, com respectivo perturbador ou prejudicial reflexo de retorno sobre mim; global sequência de que se respectivamente também hoje dia 19/05/2017 ao fim do dia e depois de tudo não me sinto mais uma vez uma pura e simples trampa por mim mesmo e/ou face ao exterior, é porque entretanto aprendi auto gestionadamente a respeitar um pouco mais a minha própria consciência e as suas respectivas consequências, desde logo e em especial se por eu auto assumir as minhas responsabilidades inerentes e por na sequência procurar (auto) sobreviver o mais pró positiva e construtivamente possível, nas e às mesmas. Isto aquém e além de que não raro constato que em meu redor também há muita coisa a funcionar mal ou pelo menos a não funcionar tão bem quando podia e devia, como por si só o próprio Estado _ que como constatável pelo resgate de cria de cegonha aqui em causa, por via do PN local como parte integrante do Instituto de Conservação da Natureza, que enquanto organismos oficiais do próprio Estado, responsáveis pela vigilância e protecção da natureza, no entanto não possuem os meios próprios para por exemplo socorrer uma ave em perigo de vida, em especial se essa ave pertencer a uma espécie em vias de extinção absoluta, tendo enquanto tal estes organismos oficias de se socorrer de meios externos, que nem sempre e nem por vezes de todo estão disponíveis _ isto com relação a um caso como o presente de resgate duma cria de cegonha que não sendo uma natural prioridade absoluta, porque segundo o próprio PN as cegonhas tão pouco estão de momento em vias de extinção, mas que no final das contas o resgate da cria de cegonha funcionou como uma prioridade absoluta, além de que o que não falta são espécies em vias de extinção! Enquanto tudo derivado ainda da necessidade humana de vigiar e proteger o meio ambiente natural (fauna, flora e clima) face à própria e directa ou indirecta nefasta acção humana sobre este último, o que por si só levaria a uma reflexão de fundo significativamente complexa e não raro profundamente contraditória. Mas de entre o que felizmente já há a auto consciência humana de vigiar e proteger o meio ambiente natural, independentemente dos princípios, dos meios e dos fins humanos práticos e concretos subjacentes a tal empreendimento, tanto mais ou menos se dita vigilância e defesa essencialmente face ao mesmo e próprio ser humano. Mas de entre o que no mínimo, mais uma coisa auto aprendi de e com tudo isto, que foi e é o facto de que apesar de e/ou até por tudo, mesmo que com falhas, o melhor mesmo é seguir a minha própria consciência, nem que como no caso concreto o resultado final, eventual ou mesmo muito provavelmente não seja o mais satisfatório, que em suma e até por todos os meios envolvidos coincidiria com salvar ou pelo menos abreviar o sofrimento daquela cria de cegonha, nas globais circunstancias em causa. Pelo que sem absoluto prejuízo de eu continuar a reflectir e quase seguramente a escrever a todo este respeito, até porque vou fazer uma solicitação, com respectiva exposição escrita a quem de devido direito oficial, acerca de todo este fenómeno da cegonhas não terminarem de conseguir procriar naquele ninho em concreto há já mais de dois anos consecutivos, com as correspondentes reflexas consequências sobre mim, ainda que de momento eu não revele que solicitação farei, no entanto e por força das circunstancias inerentes encerro agora o respectivo relato ao respeito aqui no blogue, enquanto relato alusivo a (mais) esta família de cegonhas sem sucesso reprodutivo num mesmo local durante já anos consecutivos, de entre o que em toda a global sequência termino então este relato já não só e/ou nem tanto com a titulação de “Progenitor/a coragem”, mas sim e/ou também com o titulo de “Lei da selva”, incluindo ou excluindo a minha própria humanidade, pelo melhor e pelo pior, no topo da cadeia!... 

                                      
                                                                                                                           VB
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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Progenitor/a coragem IV / Progenitor courage IV

Tal como terminara o dia de ontem 17, também o dia de hoje 18 não pressagiava nada de bom logo a começar. Designadamente, ao invés do quem tem sido comum nos últimos dias, hoje o/a progenitor/a não saiu do ninho a alimentar-se ou a buscar comida para a cria uma só vez durante (quase) toda a manhã, desde menos das sete (07) até às onze (11) horas. Com a cria deixando-se ver, como um mero e praticamente inactivo pontinho branco, sobre a borda do ninho.


Apesar de eu ter tempo disponível de manhã, no entanto dadas as pouco animadoras circunstancias que já vinham do dia anterior, não me apeteceu sequer aproximar-me do ninho. No caso preferi esperar para ver como evoluiria a situação e mais tarde logo iria confirmar os factos. Até que então já algo surpreendentemente, justo às onze horas o/a progenitor/a levantou voo e após fazer alguns círculos voou em direcção Sul. A cria aparentemente mantinha-se imóvel ou praticamente inactiva no ninho, como um mero pontinho branco ao longe, só a espaços se lhe começou a vislumbrar algum movimento. Aqui tenho de confessar que comecei a ficar cada vez mais pessimista, a ponto de imaginar que a cria estaria em fatal agonia e o/a progenitor/a haveria abandonado o ninho, se acaso em definitivo, ainda que ao ver a cria mexer, por pouco e espaçado que fosse, também me fizesse acreditar que eventualmente o/a progenitor/a voltaria. Mas entretanto preferi continuar a manter-me na expectativa, sem me aproximar, até porque fosse como fosse eu nada poderia fazer.


Passava algo das treze (13) horas quando o/progenitor regressou, eu não estava disponível para o constatar no momento, mas foi-me comunicado por familiar interessado, com a nota de que parecia haver actividade quer do/a progenitor/a quer da cria, alegadamente em processo de alimentação desta última. Até pelos factos imediatamente antecedentes, com já alguma respectiva surpresa, aqui senti-me positivamente aliviado e dentro do possível animado pelo facto. E por volta das 14:30 horas o/a progenitor/a voltou a deixar o ninho, mais uma vez comigo indisponível, tendo-me mais uma vez sido comunicado por familiar interessado e próximo. Até que a partir das 15:00 horas passei a ter disponibilidade para observação própria, então sem que o/a progenitor/a tivesse regressado da sua última e até então segunda saída do dia. Dai que faltando pouco para as 16:00 horas, não tendo a progenitora ainda regressado da última saída, mostrando-se agora a cria, mesmo sozinha, muito mais activa do que nas últimas 24 horas, além de que a partir das 18:00 horas eu voltaria a ficar indisponível para observação própria, me predispus então a aproximar-me do ninho, se possível para ver e fotografar mais de perto o regresso do/a progenitor/a e a respectiva reacção da cria. Só que ainda antes de meio caminho de entre casa e a proximidade do ninho, o/a progenitor/a regressou, só me dando tempo de tirar a máquina fotográfica da bolsa e fazer três ou quatro fotos, cuja a seguinte foi a primeira das mesmas:


A partir de que enquanto caminhava em direcção ao ninho fui observando a actividade entre o/a progenitor/a e a cria de que ainda resultou a seguinte foto:


Já na proximidade do ninho, acabei por fazer mais algumas fotos, sem no entanto subir à torre da Igreja, fotografando tão só a partir do chão, de cujo as duas seguintes fotos são conclusivo e de todo mais animador exemplo:



Global sequência de que caso não haja alterações significativas vou-me auto conceder a mim e a quem em segue, senão um descanso, até porque no meu caso vou na literal medida do possível continuar a acompanhar a evolução desta já mini família de cegonhas, mas pelo menos conceder alguma abreviação no relativo a estes meus relatos escritos com ilustração fotográfica alusiva à situação desta família de cegonhas reduzida ao mínimo. Seja que sem absoluto prejuízo de eu aqui voltar aludindo a este assunto sempre que ache pertinente e/ou as circunstancias se alterem significativamente, até porque de resto e em conclusão gostaria de deixar aqui por escrito e em fotografia o eventual e por si só por mim desejado, positivo desfecho para o que resta desta família de cegonhas, como seja a saída da cria em gloria do ninho, pelos seus próprios meios, quando chegar a devida altura. E assim se do por hoje é tudo, com confirmação dum/a progenitor/a coragem e duma cria apesar de tudo resistente! :-)  

                                                                                                                      VB

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Elemento aquático / Aquatic element


Apesar de e/ou até por eu viver no, no limite, mais árido interior rural, mas talvez também por ter nascido literalmente de entre dois cursos de água, uma ribeira e um rio, o facto é que por tudo isso, por nada disso, por algo mais ou menos que isso, em qualquer caso o elemento água exerce um forte fascínio em mim, por exemplo levando-me a não resistir fotografar perante o mesmo _ de resto chego a surpreender-me a mim mesmo com o número de fotos que tenho feitas junto ao meio aquático, litoral marinho ou cursos de água no interior serrano, em especial quando por diversos motivos venho cada vez menos a frequentar de perto ou a contactar directamente com o meio aquático natural _ salve-se então e ao menos o resultado fotográfico do fascínio que o mesmo exerce em mim. VB 

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Progenitor/a coragem III / Progenitor courage III


Dia 17/05/2017

Hoje dia 17, mais uma vez da parte da manhã não tive muita disponibilidade para observação da escassa família de cegonhas que ainda resta, ainda que tenha tido oportunidade de ver por uma boa meia dúzia de vezes a cabeça da cria aparecendo sobre a borda do ninho. Mas também mais uma vez, com interessada ajuda familiar, soube que o/a progenitor/a restante saiu e regressou ao ninho três vezes entre as primeiras horas da manhã e as cerca de treze horas da tarde. A partir de que então eu mesmo já pude começar a fazer observação, sendo que precisamente pouco depois da treze horas tendo eu mesmo já constatado mais um regresso do/a progenitor/a, com a respectiva cria minimamente activa, mesmo por observação à distância dalguma centenas de metros entre nossa casa familiar e o ninho das cegonhas. Pelo que mesmo quando o/progenitor/a voltou a sair algo depois das catorze horas, mantive-me minimamente tranquilo, porque tudo parecia manter-se como nos últimos três ou quatro dias. Dai que entre as quinze e as dezoito horas eu tenha feito uma observação mais esporádica do que tem sido costume. 

Mas a partir de que antes de continuar, permita-se-me fazer a seguinte reflexão: _ quando nós empatizamos com algo ou com alguém, por assim dizer as alegrias e tristezas, os prazeres e dores desse algo ou alguém passam dalgum modo a ser também nossa/os. Por vezes até mais nossa/os enquanto fontes de empatia do que do próprio “objecto” dessa empatia. Pois que por exemplo quando algo de “anormal” acontece com o “objecto” de empatia e nós fontes dessa empatia desconhecemos ou não controlamos o fundamento dessa correspondente “anormalidade”, por norma tendemos logo a pensar o pior, eu não tenho filhos, mas imagino que é algo idêntico ao que natural normal geral se passa dos pais com relação aos filhos. Ou seja que a “anormalidade” em causa, ao final das conclusivas e confirmadas contas, pode até nem ter um fundamento negativo, logo o “objecto” de empatia, pode entretanto não ter sofrido nada de mal, se acaso até bem pelo contrário, mas nós fontes de empatia já sofremos por antecipação e como tal mais que o “objecto” de empatia. Isto para dizer que quando a partir das dezoito horas da tarde, até pró sessão fotográfica do dia à família de cegonhas, me predispôs a uma observação mais aturada e próxima desta últimas, desde logo antes de me dirigir à proximidade do ninho fiz algumas prévias observações a partir de casa e por assim dizer estranhei um pouco não ver a cabeça e não raro mesmo o corpo quase todo da cria sobre a borda do ninho. Até por isso procurei apressar um pouco a minha observação mais de perto. Que por confirmação da primeira foto que fiz já na proximidade do ninho, eram 18:34h quando cheguei junto do mesmo, sendo que durante todo o caminho até ao ninho tive visibilidade para o respectivo e em momento algum vi a cria, sequer a ponta da cabeça da mesma. 



Pelo que logo que cheguei junto do ninho, de imediato fui observar o chão junto do mesmo não fosse a cria a ter caído e como tal eu confirmaria de imediato tal facto. Mas nas proximidades não se via absolutamente nada. Afastei-me então o suficiente para ter visão periférica, assobiei e fiz um pouco de ruído na esperança de que a cria ao ouvir barulho levantasse a cabeça. Mas mais uma vez nada de nada. Aqui mais do nunca neste mesmo dia 17, senti uma espécie de frio percorrer-me as veias e uma espécie de desesperado aperto no peito. Até por recuperação duma questão ortopédica estava necessitar caminhar e havendo uma estrada que no sentido inverso à minha casa e com relação ao ninho é a subir, ainda comecei a caminhar na esperança de que ao ir subindo com relação ao ninho acabasse por ver a cria, ao mesmo tempo que arejava a cabeça. Mas não consegui caminha mais que uma escassa centena de metros, para me decidir voltar atrás e subir à torre da igreja, como de resto cheguei a pensar desde um primeiro momento. Subi, como se caminhando para a confirmação duma fatalidade. Chegado ao topo da estada não hesitei em olhar para o ninho, ainda que houvesse algo a dizer-me que esse olhar seria apenas a confirmar algo que enquanto tal impelia mais a não olhar. Dadas as circunstancias, para minha semi-agradável surpresa, a cria estava mesmo no ninho, mas estranhamente estirada e quase literalmente imóvel, mas dava para constatar que (ainda) tinha vida. 




Mas como estava um pouco mais de vento do que nos últimos dois ou três dias, pró optimistamente, ainda imaginei que a cria se estaria a proteger do mesmo. Só tirei duas fotos a partir da torre e desci de imediato, num misto de alivio por a cria ainda estar viva e à vez de preocupação porque a sua atitude era tudo menos “normal”, face ao activamente lhe era incontornável costume até então. Neste estado de espírito fui então caminhar um pouco, em direcção inversa à de casa, com a intenção de na volta ficar nas proximidades do ninho, já fosse para ver o/o progenitor/a chegar ao ninho caso não chegasse enquanto eu fazia a caminhada. Sendo que quando de regresso da relativamente breve caminhada cheguei de novo às proximidades do ninho, o/a progenitor/a ainda não havia chegado, nem a cria se continuava a ver sobre a borda do mesmo, salvo que durante a caminhada por uma estrada que sobe com relação ao ninho, já no regresso dessa mesma caminhada e enquanto de frente para o ninho ainda cheguei a vislumbrar duas outras vezes um ponto branco, a pressupor o topo da cabeça da cria. Mas durante cerca duma hora consecutiva nas proximidades do ninho, com visão periférica para o mesmo e comigo em observação permanente, só por duas vezes vi a cabeça da cria minimamente levantada sobre a borda do ninho e uma dessas vezes ainda lhe consegui ver o bico aberto, mais uma vez em sinal de fadiga e eventual desnutrição devido ao calor. 



De resto e ao absoluto inverso ao que é normal, não se vislumbrava mais movimento algum. Nada daquilo me agradava, mas mais uma vez pró optimistamente eu queria acreditar que se devia ao vento um pouco mais forte do que nos últimos dias. Isto até que finalmente cerca duma hora após eu ter chegado junto do ninho pela primeira vez, chegou o/a progenitor/a, que até pela minha esporádica observação do dia, não sabendo eu objectivamente quando o/a mesmo/a havia saído a última vez do ninho, no entanto pela média que anda entre as duas e as quase quatro horas de ausência, seguramente devem ter sido no mínimo duas horas consecutivas. E ao contrário do que eu já vira a cria fazer anteriormente desta vez a mesma só se apercebeu da presença do/a progenitor/a quando este/a pousou no ninho. Reparei que a cria levantou a cabeça duas ou três vezes e mas não tão vigorosamente quanto costume, até que o/a progenitor/a começou a regurgitar o que lhe trouxera para comer, nesse momento os bicos das duas aves encontraram-se num misto de abaixamento por parte do/a progenitor/a e de levantamento por parte da cria, mas mais uma vez e agora de forma reconfirmadamente estranha a cria baixou de novo a cabeça, o/a progenitora regurgitou a maior parte da comida já não para o bico da cria, mas pareceu que para o fundo do ninho. 



Durante vários minutos não se voltou a ver qualquer movimento por parte da cria, enquanto o/a progenitor/a observava em volta e olhava para baixo, para a cria, mas sem que voltasse a haver interacção entre as aves. Fiz alguma fotos de todo este processo e só não filmei porque não tinha tripé. Mantive assim em, por assim dizer, angustiante observação durante cerca de meia hora e quando estava quase a desistir, inclusive já havia guardado a máquina fotográfica no saco, quando eis que a cria volta a mostrar um pouco da cabeça, reparei que caminhou um pouco lateralmente em direcção a/o progenitor/a, mas em vez de levantar, voltou a baixar de novo a cabeça, mas com a parte de trás do corpo algo erguida, bateu três ou quatro vezes as assas, ainda voltei a retirar a maquina do saco com esperança de que tudo se animasse, mas a cria voltou a mergulhar para durante mais uma série de minutos, perdão para definitivamente enquanto eu estive por perto não se voltar a ver. Finalmente senti que pouco ou nada mais fazia ali, preferindo retirar-me com um crescente sentimento de resignação por algo que tudo indicava não era vitalmente bom. Durante todo o caminho de regresso a casa, fui sistematicamente olhando para trás, na esperança de que algo se alterasse positivamente para as aves e para a cria em concreto, mesmo que e/ou até por com meu prejuízo fotográfico, que no fundo é em honra desta família de cegonhas e no caso concreto do/a progenitor/a e respectiva cria que (ainda) restam. De resto e apesar de tudo aproveitei para ir fazendo fotos do ninho e do/a progenitor/a sobre o mesmo, mas no caso já mais como uma espécie de definitiva despedida do que como um alegre até já ou até depois. Tudo isto com uma curiosidade, que é o facto deste/a progenitor/a estar habituado à presença humana, pois por si só tem o ninho mesmo junto à igreja local onde recorrentemente por celebrações religiosas e/ou por si só funerais acorre muita gente, sem que a ave se mostre perturbada. De resto o funcionário da Junta de Freguesia local que diariamente vai abrir e fechar a porta do cemitério passa mesmo por baixo no ninho se que isso afecte em absoluto o/a progenitor/a em causa. Além de quem todas as minhas prévias idas aquele local, para por si só fotografar as cegonhas, muitas vezes aproximando-me isso sim cautelosamente do ninho e mas com a máquina fotográfica em riste, sem que jamais o/a progenitor/a em causa demonstrasse incomodo. No entanto hoje, mesmo que comigo sentado nos bancos junto ao cemitério, como seja um pouco mais distante do que o costume, até porque por vezes levo o carro ficando mais próximo do ninho, mas estranhamente hoje o/a progenitor/a parecia olhar na minha direcção muito mais que o costumado e mais uma vez literalmente a invés do costume, quando me levantei para me vir embora, mesmo sem ir para o lado do ninho, o/a progenitor/a olhando para mim esticou-se, mudou de posição como que numa espécie de alerta que não lhe é comum. Nesse caso e respectivo momento senti-me olhado como a ameaça e/ou a fonte de todas as desgraças da sua família. O que se não fui nem sou pessoalmente, estou no entanto mais de 99% em crer que posso ter sido humanamente. Já posteriormente a partir de casa, cheguei a vislumbrar duas ou três vezes a cabaça da cria sobre a borda do ninho, mas de todo não tão activa e nem tão elevada como costume. Pois que de resto e até anoitecer, quando dei inicio ao presente apenas o/a progenitor/a se via sobre o ninho, mais uma vez ao contrário do que é comum. Seja que lamentavelmente não se pressagia nada de bom para o dia de amanhã dezoito. Mas cá estarei para o confirmar ou gostaria eu que não! Entretanto as fotos, por assim dizer, mais significativas do dia, incluindo as anteriores são também as seguintes(*):  





(*) Peço perdão, mas para fazer a presente publicação ainda no dia de hoje dezassete (17), tive de atrasar um pouco a partilha das fotos, ao que se adiciona ainda edição do texto para melhor entendimento, sem excluir lentidão na Net.                 

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Motivos fotográficos!!! / Photographic reasons!!!


terça-feira, 16 de maio de 2017

Progenitor/a coragemII


Hoje dia 16 a primeira grande constatação é que positiva e corajosamente contra, inicialmente a sua vã espera pelo/a progenitor/a desaparecido/a, a que subsequentemente se adicionou a sua letargia perante três crias para alimentar sozinho/a, em qualquer dos casos com meu pró fatalmente angustiante desespero por tudo isso, o facto é que o/a progenitor/a restante desta família de cegonhas reagiu e como tal continua a na medida do possível ir e vir do e para o ninho, na busca de se subsistentemente se alimentar a si mesmo/a é à/s cria/s restante/s. Segunda grande constatação é que de facto já não são crias e mas sim a cria restante, porque já só resta mesmo uma. Sendo que inicialmente eram três e pelo menos até antes de ontem (14) ainda restavam duas, ainda que uma já significativamente debilitada.  Terceira grande constatação é que a cria restante oscila entre alguma vitalidade com alguma inversa debilidade. Até porque para se ter uma ideia do que falo, hoje mesmo 16, estive consecutivamente em observação do ninho desde pouco depois das onze horas da manhã até algo depois das catorze horas da tarde, sempre com a cria sozinha no ninho exposta às mais diversas ameaças, desde logo a cair do ninho em sequência de quando em actividade se aproximar muito das bordas deste último, mas se acaso com destaque para a ameaça que é o crescente calor que já se faz sentir a meio de Maio. De resto na última das três horas em causa, a cria já se movimentava muito pouco, aquém e além de baixar a levantar a cabeça, regra geral ofegante com o bico aberto, além de por fim fazer cada vez mais uma espécie de gutural som de aflição. Até que finalmente, quando eu mesmo já começava a descrer no regresso do/a progenitor/a restante, eis que este/a último/a aparece no céu ao longe, não tardando a que a própria cria se apercebe-se da sua aproximação, levantando a cabeça, curvando o pescoço para trás e fazendo o tradicional som de bater com o bico característico das cegonhas adultas, em especial em época de acasalamento _ mas parece que não só. Tudo isto com extensão a cerca das sete da manhã em que um meu familiar interessando, na respectiva medida do possível, começou a partir de casa a observar o comportamento desta família de cegonhas, já só monoparental e mono cria. Com então subsequente posterior reforço de toda a minha mais objectiva e ininterrupta observação, entre as onze horas da manhã e as quase quinze horas da tarde, com gráfico resultado em diversas fotos e algum vídeo. E agora no final do dia o balanço diário final é o de que segundo minha observação, o/a progenitor/a anda a alimentar a cria entre três a quatro vezes ao dia, despendendo em média de, mais ou menos, duas horas em cada ida e vinda em procura de alimento. Cujas fotos, mais significativas do dia são então e também estas:   



E mas agora, para contextualizar tudo isto um pouco mais e melhor, enquanto da minha parte, devo talvez acrescentar que não sou nenhum naturalista radical, longe disso. Ainda que por um misto de minha vivência, educação e natureza própria, sempre senti atraído pela vida natural, ainda que em algumas intermédias fases da minha existência, em especial da juventude, em que senão fui anti-natura, pelo menos procurava distância da natureza selvagem, no entanto modo geral e conclusivamente enquanto adulto cimentei um significativo, por não dizer profundo respeito pela natureza selvagem, que dalgum modo já me vinha semi-natural e educacionalmente da infância _ isto na medida em que as influências adultas da minha infância que respeitavam a natureza tiveram um indefinidamente maior peso na minha vida do que as que não respeitavam a natureza, dai que haja um misto de minha natureza próprio e de influência envolvente. Cujo uma das consequência foi que salvo motivo de força maior, como por si só sustentar a minha mais básica necessidade de subsistência, de resto se sinto ou constato que não sei ou não posso ser positiva e universalmente útil, como seja o mais transversalmente útil a mim mesmo, ao próximo e à própria vida modo geral, simplesmente prefiro abster-me de agir e/ou de interferir face ao que ou quem quer que seja. No caso inversa ou pelo menos diversamente a muitos outros seres humanos que independentemente do Universal bem colectivo humano e vital, o que absolutamente mais lhes importa é satisfazerem os seus interesses individuais ou corporativos próprios. Designadamente com pejorativas implicações ambientais, há muito se sabe que os combustíveis fosseis são altamente prejudiciais do meios ambiente, pelo que também desde há muito se devia ter começado a apostar em energias alternativas ou ditas de ambientalmente limpas, no entanto devido a interesses não necessariamente de toda a humanidade e menos ainda do meio ambiente natural, mas tão só de determinados grupos humanos que por si só exploram os combustíveis fosseis, estes últimos estão ainda longe de deixar de ter a hegemonia como fontes energéticas básicas. Como seja que no meu caso de todo mais que ser radical neste ou naquele outro sentido, o que procuro constante e permanentemente são pró positivos e universais equilíbrios próprios, que até como tais se reflictam no meio envolvente modo geral, por mais que isso me custe a mim e eventualmente interfira com mesquinhos (individualistas/corporativos) interesses instalados. Dito isto e aplicando-o ao caso da família de cegonhas aqui em causa, ainda que sintetizando em muito um vasto raciocínio que poderia desenvolver ao respeito, digo tão só que: o poste sobre o qual as cegonhas fazem o ninho junto à igreja local foi objectivamente preparado e colocado por seres humanos para tal efeito. Só que e segundo sei não é a primeira e nem a segunda vez que uma família de cegonhas vê a sua criação interrompida naquele mesmo local, levando-me por diversos motivos e razões a pressupor em 99% de provável acção humana, directa ou indirectamente, para tal interrupção. Seja que se a confirmar-se tal facto, pior se por objectiva acção humana contra as cegonhas, tenho de concluir que há uma espécie de guerra humana, de entre os mais ou menos activos protectores da natureza e os mais ou menos activos ofensores da natureza, no caso concreto com relação às próprias cegonhas; cujo essa guerra se reflecte perversamente nas próprias cegonhas e degradantemente na minha consciência enquanto o poste em causa colocado a umas escassas centenas de metros, mesmo em frente de minha casa. A partir de que cada qual conclua o que muito bem entender, mas dependendo de como esta família de cegonhas evoluir daqui para a frente, assim será a forma como em conclusão eu agirei na respectiva sequência, o que de momento se resume a este meu acompanhamento e respectivo relato aqui no blogger ao respeito.   

                                                                                                                          VB
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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Progenitor/a coragem


Se acaso peço desde já perdão por vos contar a seguinte história, essencialmente enquanto a mesma como minha pró vital, sanitária ou subsistente forma própria de lidar com as reais circunstâncias inerentes à mesma, isto com mais de 99% de probabilidade do seu pior derivar de pejorativa acção da minha própria humanidade! Desde logo com a ressalva de que o que vou relatar de seguida é algo comum na própria natureza, como seja os elementos progenitores duma determinada espécie perecerem, desde logo às garras ou presas dum seu respectivo predador natural, deixando as respectivas crias ao agonizante e fatal abandono. Só que na natureza, por esmagadora norma, as espécies só se matam de entre si para efeitos de subsistência orgânica de cada uma; enquanto o ser humano mata por todos os motivos e mais um ou até por motivo algum, desde logo como as restantes espécies mata por natural necessidade de subsistência própria, mas também mata por luxúria, por ganância, por desporto, por prazer, por preconceito, por ignorância, por arrogância, por prepotência, por pura estupidez, …, não raro matando, lamentavelmente, só porque sim ou porque não!? 

Pelo que sem pretensões puramente fotográficas, ainda que tão pouco descorando de todo essa vertente, mas acima de tudo com pretensões documentais, vou passar a contar-vos uma história de esperança através da fotografia, que mesmo correndo o risco de redundância fotográfica, no entanto faço questão de postar fotos de cada dia a que as mesmas aludem, tudo com complementar suporte escrito.

Começando por confessar que por qualquer natureza própria tenho tendência a prender-me a causas tendencialmente perdidas, desde logo porque tendo a empatizar com a réstia de vida e de respectiva esperança inerente a esses mesmos casos. Claro que sofro tremendamente com isso, designadamente durante toda a angustiante fase em que se mantém a esperança, mesmo que com perspectivas de vital sucesso presas por uma linha muito fina, não raro redundando em fatal resignação.

O que no presente caso de entre fotografia e texto, da minha leiga e mas também sentida perspectiva própria, a seguinte história viva e como tal em aberto, com correspondentes “cenas dos próximos capítulos”, até ao presente momento resume-se condensadamente assim:

Dia 05/05/2017

Até por um meu desde há muito auto imposto princípio próprio, que é o de salvo as devidas excepções, de resto e modo geral se à partida sinto ou sei que não posso ser positiva/vitalmente útil ao que ou a quem quer que seja, desde logo ao meio ambiente natural que inclusive me transcende em muito, prefiro abster-me de interferir, deixando a natureza das coisas, desde logo da própria vida falar/agir por si só. O que por norma até leva a que com relação à própria natureza selvagem eu nem repare muito nos processo inerentes à mesma. Mas como no passado dia cinco (05) se conjugaram condições climáticas que me agradam pró fotograficamente, o que no associado caso me suscitou fotografar uma família de cegonhas que como noutras ocasiões nidificou mesmo em frente a minha casa. No caso família de cegonhas que para além dos dois progenitores eu sabia já incluir crias, ainda que não soubesse quantas. De resto dessa sequência resultou uma foto que no passado dia sete (07) _ dia da mãe _ publiquei aqui sob titulo “Maternal”, duma perspectiva essencialmente fotográfica. Mas a que agora adiciono as seguintes fotos, mas agora duma perspectiva já mais documental, que enquanto feitas ainda no passado dia cinco (05) são as seguintes:



Dia 10/05/2017

As fotos feitas no imediatamente passado dia cinco (05), foram concretizadas duma forma algo improvisada. Mas como no seguinte dia seis (06) as condições climáticas já tinham derivado para um nível pouco pró fotograficamente interessante para mim. A partir de que desinteressando-me pela fotografia também deixei de atentar na família de cegonhas, aquém e além de como sempre dar por mim esporadicamente a observá-las só pela facilidade de as ter em frente a casa. Isto até que no subsequente dia (10) as condições climáticas voltaram a evoluir para um nível mais pró fotograficamente apelativo para mim e para este tipo de fotografia mais paisagística e/ou da vida natural selvagem. A partir de que já na tarde do subsequente dia (10) voltei a tentar fotografar de novo a família de cegonhas, inclusive duma forma logística e objectivamente mais preparada do que a forma mais improvisada em que o fiz no imediatamente anterior dia (05); inclusive pretendia agora fotografar as cegonhas dum determinado ângulo e com determinadas condições de luz, inclusive a quando dum dos elementos progenitores da família de cegonhas a pousar ou a levantar do ninho, nas suas idas e vindas na tarefa de alimentar as crias. Só que ao invés do que se passara no anterior dia cinco (05) em que em cerca de pouco mais duma hora um dos progenitores saiu e regressou ao ninho três vezes, enquanto outro se mantinha em guarda no ninho, no entanto neste subsequente dia dez (10) e após cerca duma hora e meia em espera não vi mais movimento do que o progenitor que se mantinha em guarda no ninho e alguma das crias que a espaços levantava suficientemente a cabeça como para se ver a partir do chão onde eu me encontrava. O que me levou desde logo a achar aquilo algo estranho, desde logo em comparação ao ocorrido no transacto dia cinco (05), mas não conhecendo eu objectivamente bem o comportamento das cegonhas também fiquei na dúvida de entre saber se este último comportamento seria algo meramente diverso e mas eventualmente tão natural como o do anterior dia cinco (05); o facto é que sem a presença dum segundo progenitor a levantar e a pousar no ninho, também poucas e fotograficamente despretensiosas fotos fiz, tendo sim ficado curioso e intrigado com relação aquele díspar comportamento das cegonhas de entre um dia (05) e outro (10) e como tal também mais atento, a partir de que passei a observar as cegonhas mais objectiva e atentamente, desde logo a partir de casa. Com primeira observativa conclusão de que neste dia dez (10) não voltei a ver o segundo progenitor e nem o progenitor que se mantinha no ninho de lá voltou a sair até a noite cair. Comecei então a ficar preocupado, com a suspeita de que algo anti-natura se estaria a passar, mesmo que na minha leiga e pró optimista dúvida de que tudo aquilo poderia ser normal, com apenas alguma circunstancial variação face ao anterior dia cinco (05), pelo que nesta noite de dez (10) para onze (11) ainda dormi relativamente descansado, mas já com uma sensação estranha com relação aquela família de cegonhas. Para com o que cujas documentalmente ilustrativas fotos da minha observação do dia dez (10) são:



Dia 11/05/2017

Que dada a díspar sequência comportamental das cegonhas de entre os dias cinco (05) e dez (10), no subsequente dia onze (11) passei logo a partir da manhã a observar a família de cegonhas, o que com alguns pontuais interregnos de por meio, mas ainda assim com reforço familiar, tão só da minha parte cheguei a estar em observação mais se duas horas seguidas, sendo que no final da tarde e até mesmo ao cair da noite, estive cerca de quatro horas consecutivas em observação. E durante todo o tempo de observação no dia onze (11) em momento algum o progenitor presente no ninho de lá saiu, nem o outro segundo progenitor regressou ao ninho uma só vez. Aqui já escusado será dizer que para além de estranheza também já uma certa angustia começava não só a tomar conta como mesmo a crescer em mim. Desde logo passei a imaginar que algo mau de fatalmente mau passara com o progenitor ausente _ que de resto segundo sei não é a primeira nem a segunda,… vez que tal sucede _ e por força da sua própria natureza o progenitor presente no ninho se mantinha em guarda e em respectiva espera pela/o companheira/o, com natural prejuízo de toda a família e desde logo das crias, seguramente com crescente fome e sede _ de mal o menos que o tempo estava chuvoso. De resto as condições climáticas que pró fotograficamente me interessavam incluíam precisamente chuva entremeada com sol e no caso sempre que chovia o progenitor no ninho de imediato protegia as crias com o corpo e com as asas, desde logo aninhando-se sobre elas e logo que parava de chover e o sol voltava esse mesmo progenitor levantava-se, sacudia as assas, limpava as penas com o bico e sem mais continuava imóvel em guarda dos filhos e em indefinida espera pelo outro progenitor. Pelo que neste dia onze (11), apesar de todas as preocupações da minha própria vida, que por exemplo incluem a condição de desemprego, reforçada pela não menos preocupante condição de relativamente prolongada baixa médica, no entanto não consegui evitar que a situação daquele família de cegonhas me começasse a incomodar/perturbar mais que os meus próprios problemas, pelo que nesta noite de dia onze (11) já me deitei com significativa e crescente angustia derivada da anómala situação das cegonhas, inclusive durante todo o dia até já pensei pouco ou nada em fotografia, de resto neste dia só fiz uma única foto a partir de casa alusiva aludindo a esta família de cegonhas, cuja foto em causa é a seguinte:


Dia 12/05/2017

O subsequente dia doze (12) já foi para mim essencialmente dominado pela situação da família de cegonhas, que mais uma vez com alguma ajuda de meus familiares, passei a observar desde manhã. E também mais uma vez com o elemento progenitor restante desta família de cegonhas ininterruptamente presente no ninho, sem que o outro respectivo elemento progenitor regressasse ao ninho. Seja que aqui já caminhava para pelo menos quarenta e oito (48) horas, sem que houvesse qualquer positiva alteração, para uma situação que, mesmo leigamente da minha parte, se me afigurava cada vez mais angustiantemente preocupante. Sendo que me mantive em mais ou menos permanente observação desde manhã até cerca das quinze horas em que tive de sair para afazeres familiares, só tendo regressado já noite dentro. De entre o que nem a série de afazeres familiares, a distância e mais uma série de distracções envolvente me chegaram a fazer esquecer totalmente a situação daquela família de cegonhas, até porque logo após eu teria de voltar a enfrentar os factos, pelo que já de volta a casa e durante o caminho cheguei a sentir-me crescentemente angustiado, primeiro duma forma semi-inconsciente e depois cada vez mais consciente do motivo dessa angustia. Mas entretanto durante a manhã, cheguei a aproveitei para fazer mais algumas fotos alusivas a esta família de cegonha, mas então já só com preocupações pró documentais, de cuja meia dúzia de fotos que fiz neste dia doze (12), as duas seguintes são prático exemplo:



Dia 13/05/2017

Após tudo o anterior, o que posso dizer do dia (13) senão que tudo se mantinha como anteriormente, incluindo acréscimo da minha angustia inerente. Ainda que aqui tenha tido uma noticia que indiciava uma ligeira variação no comportamento do elemento progenitor presente no ninho, que foi o facto de em sequência de no dia anterior (12) um meu familiar ter falado a uma vizinha acerca do que se passava com as cegonhas, respectivamente durante a tarde de dia doze (12) em que familiarmente estivemos ausentes de casa, a respectiva vinha em causa a quem se tinha falado na situação, na respectiva manhã de dia treze (13) disse-nos que na tarde anterior do dia doze (12) o elemento progenitor presente no ninho havia saído pelo menos uma vez e regressando algum tempo depois. O que me levou a pressupor que o mesmo se haveria ido alimentar já em última instância e que eventualmente haveria trazido algum respectivo alimento para as crias, que então eu já sabia serem três dado tê-las visto e fotografado a partir da torre da igreja no dia anterior (12). Isto ainda que no próprio dia treze (13) o elemento progenitor não tenha saído do ninho uma única vez durante a manhã, mas durante a tarde saiu três vezes, mesmo que tendo de deixar as crias desprotegidas quer do clima quer de eventuais predadores, com a última dessas saídas a ultrapassar em muito uma hora de ausência, incluindo que entretanto anoiteceu sem que o mesmo regressa-se, o que no topo da angústia me levou a pressupor que eventualmente em desespero de causa esse derradeiro elemento progenitor abandonara definitivamente o ninho. Procurei mais tarde, já noite dentro constatar a presença ou ausência do elemento progenitor no ninho e para meu mínimo alívio, o mesmo afinal regressara já mesmo de noite. Sendo que durante todo o dia (13) fiz mais uma série de fotos, com a particularidade do elemento progenitor restante, ao menos durante toda a manhã, se ter mantido durante longo período numa posição estática e semi-fechado sobre si mesmo, o que salvo as suas saídas da parte da tarde, à partida me fez pressupor uma situação de abnegada/resignada e enquanto tal angustiante letargia por parte deste elemento progenitor, com respectiva sequência nas suas crias, como dalgum modo documentam as seguintes fotos:






Dia 14/05/2017

Dia catorze (14) o elemento progenitor restante estava ausente do ninho logo às sete da manhã e assim se manteve por cerca de mais de duas preocupantes horas consecutivas, em que inclusive aproveitei para fotografar e filmar as de momento já só duas crias no ninho, num misto de esperança de que estas ainda se salvem e mas também de angústia por eventualmente isso não suceder, até porque se para tal não me bastasse o senso comum, entretanto também andei a ler algo na Net acerca dos hábitos de alimentação e de procriação das cegonhas e um dos itens li dizia que ambos os elementos progenitores alimentam as crias, inclusive com significativa assiduidade e abundância, além de que por norma fica sempre um dos progenitores no ninho a proteger as crias dos predadores, dos elementos climáticos (frio, calor, chuva, etc.) ou dalgum acidente, como possível queda das crias do ninho. Pelo que num misto de senso comum e de avalisada leitura dedicada _ salvo sempre possível milagre _ de resto não estou muito bem a ver como pode um único elemento progenitor alimentar e proteger as crias, mesmo que sendo já só duas, visto que a terceira talvez já tenha morrido e/ou caído do ninho, o que em qualquer dos casos não consegui comprovar. No entanto o facto é que quando escrevo estas linhas, já passando das vinte horas da tarde, posso confirmar que o progenitor restante já se ausentou e regressou ao ninho quatro vezes só neste dia (14), pressupondo eu que o mesmo que está crescentemente activo quer pró auto subsistência própria, quer pró sustentação das crias que lhe restam, inclusive à semelhança do anterior dia (13) o mesmo está ausente imediatamente antes de anoitecer, ainda que hoje catorze (14) tenha regressado ao ninho um pouco antes de terminar de anoitecer. No caso dia de hoje (14) de que também deixo documental referência fotográfica, inclusive por que fotografei mais do que costume e até filmei, levando a significativa dificuldade em escolar as fotos a postar aqui, que no caso terminam sendo as seguintes, com complementar adição dum pequeno vídeo:









 

15/05/2017

Hoje dia quinze (15) continua tudo em aberto, desde logo com a/o única/o progenitor/a que resta, a sair e a voltar ao ninho com alguma regularidade, ainda que imagino não com tanta regularidade quanto fosse os dois progenitores e inclusive com relativamente longos períodos de ausência, por vezes a ultrapassar uma hora consecutiva deixando as crias à sua sorte, desde logo sem protecção face à mais diversas ameaças, a começar pelo clima, já calor. Seja que terminado o dia, posso dizer que da parte da manhã não tive grande oportunidade de observar o comportamento desta família de cegonhas, apenas com um dos elementos progenitores. Mas de entre a ausência do ninho por parte do elemento progenitor restante logo pela manhã e a sua presença no ninho ao inicio da tarde, reforçado por três idas e vindas ao ninhos durante a tarde, fez-me concluir que tudo estará a correr na melhor medida do possível, de entre este mesmo elemento progenitor sair para se alimentar a si mesmo e trazer alimento para as, que espero, ainda duas crias restantes. Pelo que até devido a outros afazeres, hoje optei por fazer uma observação mais à distância, a partir de casa, e também mais esporádica, mas suficiente para por mim mesmo e com ajuda externa me aperceber das idas e vindas ao ninho do único elemento progenitor desta família de cegonhas. Dai que também tenha feito poucas fotos e significativa distância, uma das fotos a retratar ausência e outra a retratar a presença do elemento progenitor no ninho, em ambos os casos com pouca qualidade fotográfica final, dado que derivam de fortes recortes de imagem:



…com respectivas cenas dos próximos capítulos!...

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