Reconhecidamente uma foto, de origem, não muito bem conseguida do ponto de vista técnico _ que valha então pelo conceito!
Eu recebo a inspiração do que ou de quem ma suscite e na circunstancia devolvo essa inspiração sob a forma de fotografia da própria fonte de inspiração (pessoa, paisagem, objecto, animal, natureza morta, qualquer coisa que na vida seja passível de registo fotográfico). Procurando eu, por compromisso de honra comigo mesmo, registar o espírito e/ou a essência da fonte de inspiração pró fotográfica _ o que espero conseguir, na maioria das vezes!...
sexta-feira, 30 de junho de 2017
quinta-feira, 29 de junho de 2017
quarta-feira, 28 de junho de 2017
terça-feira, 27 de junho de 2017
A Foto...
Normalmente não escrevo acerca do
que leio, pelo menos aqui nas redes sociais e muito menos neste meu blogue de
base essencialmente fotográfica, além de que a bem da verdade nos últimos
tempos, desde há já quarto ou cinco anos a esta parte que ando a ler muito
pouco.
Mas como de momento me
foi suscitado ler este romance “A Foto de Lime”, que está directamente
inspirado na expressão fotográfica e em como esta pode influenciar a nossa vida,
pelo melhor e pelo pior, no caso a partir da perspectiva dos paparazzi. Em que como por si só diz na
capa do livro: _ “…num romance repleto de suspense que, centrado em Espanha nos
entranha no fenómeno do terrorismo e no mundo inquietante dos paparazzi.”
Pelo que tão pouco falando eu aqui
acerca da trama, além de dizer que é uma tão intrincada e apaixonante história,
quanto escrita e traduzida duma forma magistral ou por si só cinematograficamente simples e clara. Que com todas as suas implicações políticas, sociais, culturais e genericamente existenciais inerentes, está no entanto centrada na expressão fotográfica que é o
fotojornalismo e mais especificamente os paparazzi.
E em que sendo por si só este meu blogue de básica expressão fotográfica, incluído o facto
de que gosto e/ou até acima de tudo necessito escrever, isso sim com ressalva
das devidas distâncias da minha parte face à fotografia profissional e à obra
literária aqui em causa, na circunstancia tão pouco quis deixar de partilhar a minha referência
fotográfica e escrita própria a:
“A Foto de Lime”.
“A Foto de Lime”.
domingo, 25 de junho de 2017
"MARISA"
Tenho uma particular predilecção por captar outro/as fotografo/as em plena acção, em especial se o cenário envolvente e a figura ou a postura do/a retratado/a inspiradoramente se prestam!
sábado, 24 de junho de 2017
Caricia
Há fotos que pela temática, pelo momento, pelo contexto ou pela
sequência em que as faço, inspiram-me um titulo antes de ou imediatamente após
fazê-las; outras não me inspiram titulo nem antes, nem durante, nem depois;
outras ainda acabam por me inspirar um titulo apenas no momento de as
partilhar, como no caso da foto acima.
Sendo que
esta foto tem quase um ano de feita, inclusive já a havia partilhado no
Flickr, no respectivo dia mundial da fotografia de 2016, precisamente sob
designação de "Dia Mundial da Fotografia II", sem no entanto lhe
atribuir um titulo especifico. Mas
dado que há cerca de três meses que não partilho nada no Flickr, cujo um dos
principais motivos é o de que tenho feito poucas fotos novas e como até Abril
do corrente ano de 2017 tinha mais fotos partilhadas no Flickr que aqui no
Blogue, passei então a aproveitar para actualizar o Blogue, o que para além dalguma pontual foto nova, inclui acima de tudo inéditas fotos de
arquivo ou outras já antes partilhadas no Flickr, em especial se
estas últimas propicias a edição monocromática, dado que aqui no Blogue
partilho mais em monocromático do que a cores, salvo as devidas excepções, como
esta que a meu ver deve mesmo ser partilhada a cores. Sentindo eu também agora
necessidade de lhe atribuir um titulo:
O que de entre alguma que outra
hipótese, acabei por me decidir pelo titulo: Caricia, essencialmente pela forma das pétalas
de ambas as flores subtilmente se tocarem, meio frontal meio
diagonalmente, como que num cúmplice ou mesmo terno dialogo entre si.
Em qualquer caso: pelo
colorido, pela luz e pela forma, que a mesma seja dalgum positivo modo
inspiradora para quem a observa.
quinta-feira, 22 de junho de 2017
terça-feira, 20 de junho de 2017
Espaço verde na cidade
A marcar o fim da Primavera e se a modesto acaso em contraposição ao recorrente drama incendiário que sempre assola o País por esta altura do ano e que no momento presente, para além da sempre vasta destruição do meio natural, inclui também múltipla perda de vidas humanas.
Deixo no caso esta foto feita num dos lugares mais urbanizados (Cacém) e por si só atravessado por uma das vias rodoviárias mais congestionadas do País (IC19), cujo este espaço verde com cristalina água a correr, nos coloca mais próximos duma bucólica paisagem rural do que duma cinzenta paisagem urbana. Em qualquer caso e salvo imponderável, não tendo à partida nada que ver com destruição incendiária.
Pelo que em conclusão, incluindo todo o devido respeito, consideração e respectivo pesar pelas vitimas dos incêndios ainda vigentes, fiquemos no entanto com o verde natural, com a corrente transparência aquática, com o prometedor azul celeste e dada a localização também com referência humana, tão naturalmente distendida quanto possível!
"Acontecimento"
Ney Matogrosso, todo um acontecimento pela musica, pela mensagem, pela irreverência provocadora, nesta foto em pleno e apoteótico agradecimento a todo um vasto e espectacular público, que neste último caso não se vê na foto, mas a quem a atitude do artista, se assim se pode dizer, presta reverência!
Aliás para mim um espectáculo vale tanto pela/o artista ou pelo grupo quanto pelo público e que se neste caso o artista foi fiel a si mesmo, como tal pouco surpreendente na sua própria surpreendente irreverência, já o publico surpreendeu-me pela positiva, porque nos últimos anos assisti a algum que outro pontual espectáculo musical na mesma região em que ocorreu este e pelo menos em dois desses espectáculos o publico, apesar de numeroso, foi profundamente deprimente, numa atitude passiva, diria mesmo apática. Pelo que surpreendentemente neste caso, sob a insistente e animada atitude do público, o Bis até foi duplo.
Dai que o grande "acontecimento" tenha sido tanto pelo artista, quanto ou até mais pelo público!
No dia 17/06/2017
No dia 17/06/2017
domingo, 18 de junho de 2017
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Frescura bio
A meio da manhã ao ver estes legumes acabados de colher sobre a bancada da cozinha, dentro dos limites de enquadramento, não resisti a fotografá-los tal como os vi, sem pré produção e apenas com posterior ajuste de luz, um pequeno recorte na parte superior da imagem sobre iluminada e redução de tamanho de ficheiro aqui para o blogue.
O que além de frescura biológica, resulta também em frescura fotográfica, tendo por base a mais comum realidade quotidiana.
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Olh'o passarinho
Chegado à selfie, de que não sou particular adepto. Aliás o exemplo acima é para ai um quarto de selfie! O que na circunstancia é sinónimo de que cheguei ao ponto em que necessito fazer novas fotos, porque o meu arquivo, independentemente da sua extensão, já não me satisfaz pró exposição pública. Ao menos segundo aquilo que e como mais me interessa expor publicamente do ponto de vista fotográfico, de entre uma série de faculdades e de condicionantes próprias, quer fotográficas, quer extra fotográficas que se entre cruzam, nem sempre de forma fotograficamente profícua. O que de momento até leva a que por diversos motivos a minha predisposição para a fotografia nem ande nos seus melhores dias, aquém e além desta repescagem do arquivo nas ultimas semanas, com apenas uma ou outra excepcional foto do momento, como por exemplo a foto titulada: "Solitário". Bom! E claro que está também o caso da família de cegonhas que foi algo tão excepcional para mim que até me esqueci do considerar do exclusivo ponto de vista fotográfico, para com o que então está acima de tudo a foto titulada: "Maternal".
Seja que a minha participação fotográfica própria aqui no blogue, como de resto desde sempre, está em vias de se tornar mais intermitente do que nas últimas semanas. O que neste último caso, por minha disponibilidade temporal, até foi, está ainda a ser, uma das fases mais continuamente profícuas no que a minhas partilhas fotográficas próprias respeita, desde que aderi aqui ao blogger desta mesma perspectiva fotográfica. Pelo que razão de queixa nenhuma, salvo que posso é entretanto ter começado a habituar-me "mal" a mim mesmo, na medida em que esta minha expressão fotográfica até acabou conquistando (mais) uma série de pessoas, que passaram a seguir-me de forma explicita e/ou interactivamente participativa, tanto mais se pessoas a quem eu mesmo admiro e respectivamente sigo aqui no blogger, mas a que por seu turno tão pouco vou conseguir corresponder fotograficamente na mesma medida em que o vinha a fazer nas últimas semanas.
Dai que ao menos de momento deixo uma, rara, semi-selfie :), com muita consideração por toda/os que aqui me seguem, em especial se de forma explicita e/ou interactivamente participativa, sem natural prejuízo de na medida do possível eu mesmo ir participando nas vossas próprias publicações aqui no blogger, designadamente via comentário, sequência em que espero ser mais conveniente do que inconveniente.
Bem e entretanto tudo isto serviu-me para exercitar/expandir a minha expressão escrita que inclusive mais que um prazer é mesmo uma incontornável necessidade. Ainda que não sendo eu tão sucinto quanto eventualmente deveria, na expressão escrita, no entanto com o presente como prenuncio duma minha ausência fotográfica daqui, no mínimo durante dias, na circunstancia deixa suficiente tempo a que cada qual, se assim lhe for naturalmente dado fazê-lo, possa ler o presente, no momento que encontre mais adequado, senão por interesse próprio, ao menos pela curiosidade do mesmo ser o que da minha parte e durante um tempo aqui vai ficar em primeiro plano.
Pelo que em resumo final restando-me esperar que não se aborreçam muito, ao ler até aqui, deixo-vos então com um até já! ;-)
VB
receberedar.blogspot.pt (PORTUGAL)
quarta-feira, 7 de junho de 2017
terça-feira, 6 de junho de 2017
Pedra da sorte…
Numa fase em que estou mais propício à escrita do
que à fotografia, sem no entanto descorar de todo esta última, aproveito para reforçar
a minha associação entre fotografia e escrita, com base em fotos feitas há
algum tempo, mas que me suscitam textos no presente momento:
Estando
eu sentado numa esplanada de café enquanto já os vira passar duas ou três vezes num
e noutro sentido da rua, para cima e para abaixo, pelo meio dos diversos viandantes, de entre as tendas do temático mercado de rua e dos demais figurantes-animadores
daquele evento cultural de cariz histórico-medieval. Inclusive eu já os havia
fotografado de perfil a partir da esplanada onde me encontrava sentado a tomar
uma bebida fresca. Sem que por um lado os mesmos me vissem a mim e sem que por
outro lado em momento algum eu os tenha visto a eles parar a conversar com quem
quer que fosse e vice-versa. Até que mais tarde, depois de me levantar da esplanada onde me
encontrara sentado até então e de respectivamente ter recomeçado a caminhar também
eu pelo meio das tendas do temático mercado de rua, dos restantes viandantes e dos
diversos figurantes temáticos que aqui e ali surgiam compassadamente uns atrás
dos outros, eis que ressurge o casal figurante que vira passar anteriormente
mais do que uma vez em frente à esplanada, e mas agora já comigo a caminhar em
sentido inverso ao deles acabei por os fotografar frontalmente, com um enquadramento a
apanhar o genérico contexto envolvente, isto enquanto com eles ainda a uma
boa dezena de metros de mim. Para quando surpresa minha, no momento em que nos
cruzamos, como algo que não os vira em absoluto fazer até então, o casal
figurante parou e se me dirigiu directamente, cumprimentando-me em
castelhano e perguntando se eu era português ou espanhol. Correspondi-lhes
cumprimentando-os também a eles e dizendo-lhes que era português.
A partir de que sob passiva atenção
do elemento feminino, o respectivo elemento masculino retirando uma pequena
bolsa fechada com cordão de correr, que trazia pendurada na cintura, abrindo
esta última retirou algumas pedras, minerais, coloridas e polidas do seu
interior e de entre estas, não sei se objectiva ou subjectivamente, escolheu
uma enquanto me dizia que: _ eram pedras recolhidas por eles mesmos e esticando
o braço na minha direcção com uma das pedras entre os dedos acrescentou
tratar-se duma Pedra da Sorte _ que dá sorte. Surpreendido e sem entender muito
bem o objectivo de toda aquela atitude, imaginei que o senhor me estava a fazer
venda da Pedra, dai que agradecendo-lhe a atenção e a respectiva explicação com
um sorriso, enquanto aceitava a Pedra para ao menos a ver a minha mão, também
fui perguntando: _ e quanto é que custa a Pedra? _ ao que me foi correspondido:
_ não custa nada, é oferta! Com ainda reforço do mesmo para comigo disse que: _
A sua simpatia e respectivo sorriso eram tudo o necessário em troca da Pedra.
Fiquei ainda mais surpreendido e imagino que deixando transparecer
expressivamente a minha surpresa, foi também ainda algo desconcertadamente que enquanto
o senhor ia fechando de novo a bolsa com as restantes pedras no interior, eu reforcei
a minha gratidão com: _ mais uma vez obrigado! Sendo correspondido pela outra parte com um: _ és un placer! Sequência de que desejando-me
sorte, que eu retribui, aquele casal seguiu o seu caminho e eu o meu, no meu
caso e nos primeiros momentos algo desconcertado por tudo aquilo.
Moral
da história é que posso imaginar uma série de motivos para aquela atitude
daquele casal de figurantes para comigo, quando nem antes, nem nos momentos
imediatamente após os vi conversar ou dirigir-se a quem quer que fosse e
vice-versa, como o fizeram com relação a mim, inclusive face a outras pessoas
que também (os) fotografavam. Ainda que pela multiplicidade de pedras que
portavam eu imagine que a espaços os mesmos se dirigissem a outros transeuntes,
nos mesmos equitativos termos em que o fizeram com relação a mim, alegadamente
sob o critério de simpatia por parte do possível receptor abordado. Mas de
entre o que o mais surpreendente é que para tão só estar naquele espaço de
mercado de rua era necessário pagar entrada à organização do evento e de
repente ter-me visto surpreendido pela selectiva oferta por parte duns
figurantes desses mesmo evento, foi algo multiplamente surpreendente.
Já
quanto à “Pedra da Sorte” propriamente dita, eu que não sou particularmente
supersticioso, no entanto por via das dúvidas e como uma espécie de recordação
dum momento surpreendentemente intrigante, com ressalva de que numa primeira
instância a deixei semi-esquecida no bolso interior pequeno das calças de ganga
que vestia na altura e que não meti imediatamente a lavar, a partir do que de
resto ainda a preservei durante um tempo sobre uma estante de livros, mas após
umas obras em casa, sei que a guardei, mas nem recordo onde. Só podendo esperar
e desejar que a minha sorte, na pior das hipóteses não seja menos afortunada do
que era antes de receber a Pedra da Sorte e/ou depois de em objectivo perder paradeiro
desta última. De qualquer modo resta-me a recordação de tudo o inerente, para o
poder estar a partilhar agora aqui, com ilustração fotográfica quer do casal de
figurantes no topo desta postagem, quer da respectiva Pedra da Sorte a fechar esta mesma postagem! VB
Sobreposição: desenho, fotografia e escrita…
Criei originalmente este blogue "Receber e Dar" com exclusivo propósito fotográfico. Mas há fotos e/ou seus respectivos conteúdos acerca
da/os que não posso deixar de dar alguma explicação ou fazer alguma complementação,
designadamente escrita _ o que começando a ser recorrente não sei até que ponto é ou não preocupante!? Como é o seguinte triplo caso fotográfico, que já agora
está inspirado na postagem: “Desenhar”,
que eu mesmo comentei, no excelente blogue: “o sítio das pequenas coisas”, propriedade da para mim, também, já muito estimada:
Laura Ferreira.
…antes da prática da fotografia e da escrita na minha vida, mais ainda antes da massificação das tecnologias digitais e das respectivas redes sociais virtuais, eu já desenhava. Ah! E claro que se pode desenhar digitalmente, mas para mim a magia do desenho está no lápis, na barra de carvão, no papel ou em qualquer outro suporte físico.
A partir de que pela actual via fotográfica e digital deixo aqui três exemplos, duma minha fase mais autodidacticamente profícua ao nível do desenho em suporte de papel, que também coincidiu com os últimos desenhos que em absoluto fiz, na já longínqua década de noventa do passado séc. XX.
Sendo
que o primeiro, da bela modelo feminina acima, envolve uma história
tão interessante quanto após mais de meia dúzia de anos sem desenhar em
absoluto, incluindo que até então só havia desenhado rudimentarmente ao nível
escolar, com alguma que outra intermédia e espontânea derivação
doméstica, mas sempre enquanto jovem estudante. Isto até que quando por um lado
em sequência duma tão marcante quanto impossível paixão sentimental derivada do tempo escolar, com dita impossibilidade que começava e terminava logo em mim
por mim mesmo face ao objecto da paixão, aquém e além de entre mim e este último;
enquanto por outro lado em sequência duma profunda frustração derivada de anos
de crescente dedicação à actividade desportiva/futebolística, que tive de
deixar em sequência de dupla lesão física. O que em qualquer caso e tanto mais se no
seu conjunto, envolve uma história da minha parte cuja descrição não cabe no
presente contexto, mas que se pode resumir a um meu redundante e não menos
marcante fracasso interpessoal, social e curricular escolar modo geral, com
tudo o que ao mesmo me levou e que do mesmo derivou para com e sobre mim. Mas dai
que por um respectivo lado inspirado pela minha impossível paixão sentimental derivada
dos tempos de escola, a cujo estereótipo a modelo do desenho acima essencialmente
correspondia e por outro lado impulsionado pela energia (física, mental,
técnica, táctica, etc.,) que durante anos dedicara à prática futebolística e
mas que se viu definitivamente interrompida, em pleno crescendo da mesma; eis
que circunstancial/providencial e espontaneamente, a partir dessas duas forças,
que não sei até que ponto são divergentes ou convergentes de entre si mesmas,
mas que foram complementares com relação a concretizar o desenho aqui em causa.
Como desenho que eu auto defino de tão impulsivamente espontâneo quanto (pró) objectivamente
técnico, num misto de fluidez sentimental e de rigidez realista/perfeccionista.
Tudo a partir do (quase) nada que eu sempre fora ao nível do desenho, apenas
com ressalva para quando ainda durante a instrução escolar primária, sob tutela
duma daquelas professoras austeras que puxam orelhas, davam bofetadas,
palmatoadas e taxam os alunos de “burros” ao mais mínimo erro curricular e pior
se a qualquer mínima falta disciplinar, no entanto a mais austera dessas
professoras numa determinada ocasião, após um didáctico exercício de desenho e
correspondente avaliação docente, acabou ineditamente solicitando-me se poderia
ficar com um desenho que eu havia feito, que segundo ela (professora) revelava
muita imaginação da minha parte. Foi uma honra a que não pude em absoluto
resistir. Ainda assim elogiosa honra mais alusiva à minha alegada imaginação do
que à minha técnica/capacidade de desenho, ainda que por via deste último. Seja
que, dalgum modo, começara e terminara ai qualquer minha glória ao nível do
desenho em particular e inclusive ao nível escolar modo geral, onde salvo um
esforçado e sofrível medianismo, de resto e modo geral jamais passei da
mediocridade. Dai que ao ser este desenho da modelo agora aqui exposto, praticamente
o primeiro que fiz nas sequencialmente globais circunstancias em causa, meia
dúzia de anos após ter deixado o contexto escolar em absoluto, só posso mesmo
auto-considerar um desenho derivado duma história própria particularmente
interessante, quer pela vertente de paixão sentimental impossível, quer de ambição
futebolístico-desportiva não menos impossível, por assim dizer com um redundante
fracasso interpessoal, social e curricular como máximo denominador comum, tudo com reflexo na minha existência dum modo geral. Mas
ao que em qualquer dos casos sobrevivi, ao menos a ponto de estar agora aqui a auto
expressar-me ao respeito, inclusive numa expressiva sobreposição própria, por
via do desenho, da fotografia e da escrita, acima de tudo como constatação duma
realidade própria, aquém e além de falsas modéstias e/ou de vãs presunções.
Já agora uma palavra para os dois subsequentes desenhos imediatamente acima, a do cesto de pão, do jarro e o copo de vinho efectuado em pastel seco e o do pequeno veleiro efectuado em aguarela, como minhas subsequentes derivações auto-didacticamente práticas e ensaísticas com relação ao desenho e à complementar pintura, enquanto derivações já posteriores ao anterior desenho da bela modelo feminina, tudo ainda numa prática de desenho algo intermitente e esporádica no tempo; o que de resto e em qualquer caso, por diversos motivos e razões, até ao momento se ficou por estas derivações auto-didacticamente práticas e ensaísticas que não desenvolvi, precisamente para além dos dois últimos exemplos em causa, como os até ao momento, derradeiros desta minha circunstancial/providencial incursão pelo desenho e pintura, pós escolar. Mas que entretanto foi uma experiência fundamental com relação a uma fase particularmente delicada da minha existência, em que eu cheguei a ter estes desenhos como o melhor de mim, não só e ao nível do desenho mas ao nível pessoal, humano e existencial modo geral, também dai eu a referir como uma experiência circunstancial/providencial, que valeu e continuará a valer indefinidamente como tal!
Finalmente e sem falsas modéstias, não tenho os meus desenhos propriamente como Arte, bem longe disso, mas que ao menos nos casos aqui expostos, com tudo o que me trouxe aos mesmos e que dos mesmos derivou para com e sobre mim, que na sequência e respectiva medida do possível foram feitos com alma lá isso foram. Cujo primeiro, da bela jovem modelo, auto preservei-o durante anos como motivo de me fazer pensar ou sentir que ao menos potencialmente eu seria ou valeria um pouco mais do que um redundante fracassado interpessoal, social e curricular escolar, subsequentemente desportivo e existencial modo geral; já o segundo foi adoptado pela minha mãe e o terceiro por uma irmã; o que em qualquer dos casos não vale como exterior, qualificado e/ou imparcial interesse artístico.
Victor Barão
receberedar.blogspot.pt (PORTUGAL)
sexta-feira, 2 de junho de 2017
Dar música
Repartilhando uma foto cuja primeira titulação que lhe dei aqui no blogue não terminou de me agradar; pelo que agora reeditada, renomeada e secundada pelo sugestivo tema musical: "Dar e Receber" de Martinho da Vila, na circunstância magistralmente acompanhado de Katia Guerreiro, fica então a foto e o respectivo tema musical, que neste último caso é dalguma, diversa, forma condicente quer com o titulo da foto quer com o titulo deste meu blogue "Receber e Dar":
quinta-feira, 1 de junho de 2017
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