sábado, 20 de julho de 2019

1969...


...inaugural chegada do homem à lua!

Até para manter a anterior partilha actualizada, enquanto concretizada no mesmo respectivo dia da presente, hoje mesmo 20/07/2019, passo a referir que, como tudo o mais, também o assunto da presente partilha tem à sua respectiva maneira que ver com a imediatamente anterior partilha: "Efémera eternidade..."

VB

Efémera eternidade...


Fiz a foto acima há cerca de três meses atrás. Designadamente porque gostei do motivo e na respectiva sequência gostei também do correspondente resultado fotográfico obtido logo na altura. Mas, salvo raras excepções, como regra geral se passa comigo, costumo deixar as fotos, por assim dizer em "banho maria", se acaso a ver até que ponto as mesmas sobrevivem ou não na minha memória racional, emocional e/ou sensorial. E, de entre algumas outras, esta foi uma das que não ficou esquecida de todo, mas tão pouco havia encontrado motivação ou espaço para a partilhar até ao presente momento. 

Mas na manhã de hoje mesmo (20/07/2019) passeando os meus canídeos, por mero acaso parei alguns minutos junto do local onde fiz a foto acima. E o que ao tempo corrente vi foi pasto seco, incluídos os pés de lírio de onde resultou a foto acima, agora numa amalgama de pernadas e folhas de planta amarelecida/morta a rasar o chão. O que me levou a pensar: 

_ Os belos e viçosos lírios que aqui fotografei há semanas/meses atrás, enquanto tais tiveram a sua forma, o seu tempo e ocuparam o seu espaço de vida, agora estão definitiva, irremediável e eternamente mortos. Mas a planta mãe que lhes deu vida continua aqui pronta a gerar novos lírios na Primavera que vier. Como seja que os indivíduos (lírios) da passada Primavera não voltarão jamais, mas a ancestral essência Natural, Divina ou Universal que lhes deu forma, espaço e tempo de vida continua activa, mesmo que de momento em temporária suspensão. Após o que de repente e por respectiva inerência também me ocorreu a ideia de que o próprio Planeta Terra, que sustentou a vida destes lírios, tal como de resto a vida do caracol anexo ao pé de lírio e de mim próprio humano que escrevo o presente, algum dia sucumbirá, no eterno ciclo Universal de vida-morte.  

De entre o que uma espécie de mais profunda e convicta certeza me tomou, que foi e é a de que a essência Natural, Divina ou Universal que deu origem à vida tal como a conhecemos/vivemos, no seu melhor e pior, sempre existiu e sempre existirá, ao menos como potencia concretizadora!

    VB     

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Tempo de voar...

...primeira foto da sequência, retrata uma cria a ensaiar repetidamente o voo, sobre o próprio ninho.

... parcial mostra duma série de ninhos, que na totalidade se estendem ao longo dalguns quilómetros.

...nidificando, também, nas árvores.

...no solo para alimentação própria e recolha de comida para as crias.

                                   
...partida duma família.

...a caminho da liberdade, no espaço "sem fronteiras"!
  
...encontro de famílias, em pleno voo.

...elegância e poder de voo em altitude.

...condizente com o sujeito, partida em preto e branco!

Segundo rezam as crónicas, as novas gerações de simpáticas cegonhas saem do ninho pelo São João. Cujas fotos acima foram precisa e objectivamente, por mim, feitas no próprio dia de São João. Sequência de que, independente dos motivos que da minha parte a isso levaram, uns dias de atraso, de entre o momento em que fiz as fotos e o presente momento em que as estou a partilhar, está-me ainda a ser, mais propositada ou despropositadamente, suscitado partilhar: 

TIME

                                        

O "tic-tac" vai marcando cada momento de um dia morto
Você gasta à toa e joga no lixo as horas, descontroladamente
Perambulando de um lugar para outro em sua cidade natal
Esperando por alguém ou algo que te mostre o caminho

Cansado de tomar banho de sol
De ficar em casa vendo a chuva
Você é jovem, a vida é longa
E há tempo para desperdiçar
Até que um dia você descobre
Que dez anos ficaram para trás
Ninguém te disse quando começar a correr
Você perdeu o tiro de largada

E você corre e corre atrás do sol
Mas ele está se pondo
Fazendo a volta para nascer outra vez atrás de você
De uma maneira relativa o sol é o mesmo
Mas você está mais velho
Com menos fôlego e um dia mais perto da morte

Cada ano vai ficando mais curto
Parece não haver tempo para nada
Planos que dão em nada
Ou meia página de linhas rabiscadas
Esperar em quieto desespero é a maneira inglesa
O tempo se foi, a música terminou
Pensei que eu tivesse algo mais a dizer

Em casa, novamente em casa
Eu gosto de estar aqui quando posso
Quando chego em casa cansado e com frio
É bom pra esquentar meus ossos ao lado da lareira
Bem longe, do lado de lá do campo
O badalar do sino de ferro
Chama os fiéis, de joelhos
Para ouvir o encanto suave de suas palavras

                                                       Compositor: Mason, Waters, Wright, Gilmour