terça-feira, 27 de outubro de 2020

Processo...


Há cerca de um ano a esta parte, deixei de ter acesso próprio à Net, via contratual subscrição com uma operadora de telecomunicações. Até porque o que, por ironia, me trouxe aqui à dimensão virtual, que de origem e dalguma contínua forma foi o meu acto de escrever, de fundamental base reflexiva/contemplativa, também após um determinado tempo de minha contínua presença aqui, acabei sentindo pró reflexiva/contemplativa necessidade de me (re)afastar, ao menos, temporariamente. Inclusive passei a, durante meses consecutivos, só aceder à Net em contexto laboral/profissional e em correspondentes termos institucionais, designadamente na relação com os servidores e utentes do meu serviço, incluindo com o próprio Estado (Finanças, Segurança Social e afins). 

Tudo o anterior, até que, em meados do imediato passado Verão, passei a gradualmente ir necessitando revisitar alguns espaços (sítios) virtuais, de início exclusivamente relacionados com fotografia, fazendo-o eu também exclusivamente via hi-fi do meu próprio local de trabalho _  refira-se que em horário pós laboral, por norma entre as vinte e uma e as vinte e três horas. A partir de que fui muito gradualmente ampliando a minha margem de sítios virtuais visitados, deixando no entanto sempre os meus espaços virtuais próprios de fora das minhas visitas, ao menos, até que há cerca de três semanas a esta parte, já com alguma semi-objectiva ideia e/ou impulsiva tentação de voltar, acabei por revisitar então aqui o meu receberedar. Sequência de que já não pude mais evitar procurar ter de novo algum tipo de acesso próprio à Net, o que também de há cerca de três semanas a esta parte passou a incluir, por assim dizer, uma minha precária ligação própria à Net, via Banda Larga Móvel pré-paga, que eu só penso recarregar pontualmente e para alguns limitados dias de acesso _ até porque estou com muitas limitações ao nível de disponibilidade temporal e até de disponibilidade pessoal própria modo geral, para poder dar a devida saída e/ou expressão prática a uma minha temporalmente contínua e/ou ilimitada ligação própria à Net. 

Tendo, no entanto, sido de toda a anterior sequência que resultou este meu presentemente activo regresso aqui ao Blogue, cujo esta é já a terceira partilha em relativamente pouco tempo. Só que, entretanto, precisamente no inicio da passada semana, terminou o meu primeiro plafond de Internet pré-paga, enquanto primeiro plafond, precisa e automaticamente resultante da minha recente adesão a uma Banda Larga Móvel. Mas, como eu já sabia antemão que teria de sair durante todo o último final de semana, sabendo também que para onde ia poderia aceder à Net, por via dum seguro hi-fi externo a mim, logo imaginei que, até para corresponder a quem eventualmente reagisse à minha anterior partilha "No Topo" e/ou se acaso para fazer alguma nova partilha poderia, em qualquer dos casos, fazê-lo via hi-fi do local onde me iria alojar. Só que como algo relativa e em certa medida até crescentemente comum em mim, mesmo após ter preparado (quase) tudo de véspera, o facto é que à ultima hora acabei por carregar o portátil comigo, mas tendo deixado a bateria e o cabo A/C esquecidos em casa. Sendo que, entretanto não gosto, nem de resto e acima de tudo me ajeito muito bem a aceder à Net via telemóvel, em especial a este nível de escrever e fazer partilhas, designadamente aqui no blogue. 

Em suma posso dizer que fiquei basicamente sem acesso à Net durante cerca duma semana, de entre ter-se acabado o meu próprio plafond pré-pago e ainda ter-me esquecido de parte dos acessórios indispensáveis a aceder à Net via hi-fi externo. 

O que, em resumida e contextual conclusão, de entre o temático titulo e correspondente foto na conjuntural base desta presente partilha, se pode interpretar, como processo de degradação da embarcação fotografada, mas que dadas as circunstancias da minha parte, também se pode interpretar como processo de minhas diversas indisponibilidades próprias, incluindo indisponibilidade de memória, ao menos de memória funcionalmente corrente _ que de resto escusado seria (d)escrever tudo isto, não fosse essa minha e mesma disfuncionalidade _ o que, no entanto, já estou a procurar compensar, também por via da presente partilha e nos próximos dias também por via de gradualmente revisitar quem faz parte deste meu ciclo virtual, o que neste último caso não consegui ainda concretizar na sua totalidade, desde que aqui regressei, mas que tentarei a partir de agora efetivar, enquanto sustentado num meu não imediatamente programado e mas sim circunstancialmente necessário recarregamento da Banda Larga Móvel pré-paga!

Nota: peço perdão por alguma calinada linguístico-discursiva mais grosseira, que seguramente quem me leia saberá elevadamente relevar, pois que, da minha parte, não podendo nem querendo mais adiar fazê-lo, acabo de escrever de improviso e após breve auto revisão vou partilhar o presente já muito significativamente cansado, após um dia de trabalho e com outro já a espreitar, em qualquer dos casos, na esquina da corrente madrugada. 

VB 

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

No topo


 Até pelo que vou dizer a seguir, claro que gosto e até necessito da beleza, da alegria e da felicidade da Vida. No entanto não sei se tenho medo ou incapacidade, mas seguramente tenho vergonha de ser feliz. Em especial quando por diversos pressupostos, a começar logo nas minhas indelevelmente marcantes origens, com continuidade no espaço e no tempo, senti ou mesmo constatei desde cedo que, para alegadamente ser feliz, teria de deixar outréns positivamente para trás, tanto mais se sendo esses outréns por mim genuinamente amados. Além ainda, de que, ao menos, segundo minha experiência própria, descobri também há muito que só há duas grandes formas de ser feliz: uma é que quem de perto nos cerca também o seja e a outra é sendo cego à dor, à tristeza e à infelicidade envolventes _ neste último caso, como, dalgum modo, diz o ditado: "felizes os ignorantes"!

Mas como eu não sou, ao menos, totalmente ignorante, cego ou insensível à dor, à tristeza e à infelicidade envolventes _ especialmente aquelas que podem ser humanamente evitadas e/ou sanadas, cujo muito pior se diretamente provocadas pelo próprio ser humano, inclusive, a e de entre si próprio, que tanto pior ainda se comigo como protagonista nesse processo, mesmo que no meu caso enquanto protagonista indireto e/ou passivo. Até porque no natural extremo que humanamente não dominamos, como também diz um outro ditado: "o que não tem remédio, remediado está". Sequência de entre o que, aquém e além das minhas dores, tristezas e/ou infelicidades próprias, não consigo deixar de, até acima de tudo, empatizar com a dor, a tristeza e/ou a infelicidade envolvente, em especial se intra e inter humanamente provocadas. Aliás, empatizar com a dor, a tristeza e/ou a infelicidade envolvente, além de logo à cabeça relativizar muito as minhas dores, tristezas e/ou infelicidades próprias, porque desde logo há sempre quem, duma ou doutra forma, esteja pior; é ainda irónico meio caminho andado, senão, para o meu prazer, para a minha alegria e para a minha felicidade própria, ao menos, é-o para um meu muito significativo e genuíno reconforto interior, inclusive porque essa empatia, me exige um pró positivo esforço de resistência ou subsistência própria, que na medida em que eu consiga, como duma ou doutra forma tenho conseguido, dar expressão e continuidade prática a esse esforço, acaba invariavelmente por se refletir positivamente na minha própria vida, com direta ou indireta extensão à vida envolvente e/ou vice-versa. O que de resto e por si só espero minimamente constatável ou, ao menos, intuível no que e como genericamente escrevo, a concreto exemplo do presente.

Seja, conclusivamente, que toda a anterior sequência, de minha tendencial empatia com o, por assim resumidamente dizer, pior envolvente, com apenas positiva ressalva para o facto de se conseguindo eu, duma ou doutra direta ou indireta forma, contribuir para sanar ou ao menos atenuar esse pior (mais sofrível, triste e/ou infeliz) envolvente, inclusive por via de eu mesmo sobreviver tão positivamente quanto possível, à minha própria empatia com o mesmo _ mal comparado seja com, no limite, um médico, um polícia ou equivalentes, que têm de lidar com o pior e mas para com o melhor da vida _, algo em que, segundo me auto entendo, sou confessamente muito modesto e mesmo torpe, ainda que até por força de recorrentes circunstancias, próprias e envolventes, mesmo que à minha modesta e torpe medida, não posso nem consigo desistir de tentar contribuir para o que se pode resumir no mais transversal bem Universal, que como tal me inclui incontornavelmente a mim mesmo, sem excluir quem mais quer que seja, em efetivo ou em potência, inclusive sob incontornável pena de caso contrário ser eu próprio, também ou até o primeiro, a cair!... 

VB

Página em branco...


Antes de mais, neste pandémico tempo, não só espero, como mesmo desejo que esteja tudo bem com quem aqui alguma vez me acompanhou, possa continuar a acompanhar ou venha eventualmente a acompanhar de futuro! VB