Não! Meus amigos, ainda não estou de volta num sentido fotográfico e virtual minimamente renovado e sólido; estou sim, em directa sequência das, mais uma vez, excepcionais trágicas circunstancias dos últimos dias, com reiterada base numa foto(*) que funciona em antítese à temática incendiária, de novo a abordar reflexiva/contemplativamente o próprio fenómeno incendiário para dizer que:
Primeiro
não vou escrever acerca dos últimos inqualificáveis dias no que a incêndios
florestais respeita, porque os a todos os títulos trágicos factos a nível de destruição
humana e natural(fauna e flora), que neste último caso afecta também sempre o ser humano, são factos que falam por si sós _ para quem tenha a mais
mínima sensibilidade para os constatar ou no mínimo intuir _ aquém e além do que, no caso, eu mesmo possa dizer/escrever ao respeito.
Pelo que voltando sim
a restringir-me na alusão às mediáticas previsões de “risco de incêndio”, estas
são tão mais absurdas quando e por quanto não podendo os jornalistas dizer
taxativamente por si sós e à cabeça que após consumados os incêndios estes são de origem negligente
ou criminosa, não raro questionam e questionam-se os próprios jornalistas a
esse mesmo respeito. A partir de que digo eu que independente de deflagrarem ...dez,
cem, ou pior se alegadamente mais de meio milhar... de incêndios num só dia, leva
a concluir que se os mesmos são em parte ou num todo de origem negligente está mais
que provado que as mediáticas previsões de “risco de incêndio” são
essencialmente inúteis/ineficientes como prevenção incendiária; já se esses mesmos incêndios foram parcial ou
totalmente de origem criminosa essas mesmas mediáticas previsões de “risco de
incêndio” continuando a ser inúteis/ineficientes como prevenção incendiária, parece-me a mim que até podem chegar a ser uma boa/perversa referência para os
diversos, aparentes, interesses humanos _ económico-financeiros, imobiliários,
políticos, individuais, em qualquer caso doentios _ pró incendiários.
Sendo
que a temática dos mediáticos anúncios de “risco de incêndio”, pseudo preventivamente prévios aos próprios incêndios, é-me tão mais
cara quanto a mesma dá, ao menos retórica, visibilidade aos incêndios, antes
mesmo de qualquer incêndio ter deflagrado. Como seja que sem prevenirem positiva
ou absolutamente os incêndios, que dadas as circunstancias, parece que até bem
pelo contrário, levam é a que o mediático "espectáculo" incendiário comece até antes
mesmo de ter começado!...
E se eu pessoalmente já não suporto
ver, ouvir ou ler notícias acerca dos próprios dos incêndios, menos ainda o suporto
sob as inqualificavelmente trágicas consequências humanas e naturais do
corrente ano (2017), em acrescida adição a todos os demais transactos anos; agora imagine-se
como é nauseante ou repulsivo estar a ouvir falar de incêndios antes dos próprios
incêndios, pior se não como efectiva prevenção dos incêndios mas sim como pré anúncio incendiário,
que é o que na prática se tem constatado ano após ano. Tudo numa comunicação
social que regra geral me parece conter tanto ou mais de sensacionalista do que de
sóbria. Cujo esse sensacionalismo se sustenta cíclica e viciosamente a si
mesmo, no caso concreto também com base no fenómeno incendiário, como quando
mediaticamente se difundem insistentes e intensos anúncios de “risco de incêndio” prévios aos próprios incêndios, depois e ironicamente face ao anterior cobrem-se mediaticamente os próprios dos
incêndios, sem conclusivamente excluir os subsequentes balanços e respectivos debates
mediáticos a respeito do fenómeno incendiário; com o “espectáculo” a somar e
seguir, inclusive crescentemente ano após ano, de há já décadas a esta parte _ suponho que até já não haver mais floresta ou espaço natural para arder e/ou então até
que no alusivo a espaço natural não se transforme este último em espaço artificialmente controlado/ocupado pelo ser humano, que enquanto tal já não será espaço natural na sua plena ou absoluta acepção, pior se após total, indiscriminada e em determinados aspectos irrecuperável destruição incendiária, na destrutiva conjunção de entre fauna e flora, sem naturalmente excluir a destruição da vida e do património humana/o.
Em que a terminar, de momento, quero dizer que tendo eu nascido e crescido em meio
rural, sou no entanto dum tempo em que incêndio era sinónimo de anormalidade natural/mentalmente a evitar e automaticamente a combater a todo o custo desde um primeiro
momento e por toda/os _ sem qualquer prévia, paralela ou posterior intervenção mediática. Enquanto me parece que actualmente, até pela abordagem mediática do
fenómeno incendiário, os próprios incêndios parecem ser algo natural/culturalmente
inevitável, que qual “fruta do tempo”, até já há uma “época de incêndios”; sendo
que pessoalmente até admito haver uma época (Verão, quente e seco) mais propícia(o)
a incêndios, mas uma época de incêndios não existe pura e simplesmente, aquém e
além de na doentia/controversa mente e sob respectiva negligente/deliberada acção
humana.
VB
(*)...foto que eu confessamente já havia partilhado há meses por aqui, em registo monocromático e meramente fotográfico. VB
(*)...foto que eu confessamente já havia partilhado há meses por aqui, em registo monocromático e meramente fotográfico. VB