...bem sei que falta a presença humana e algo que tomar sobre as mesas, mas o convite é precisamente a quem não está e como tal o pedido continua por concretizar! ;)
Entretanto conversemos ou pelo menos e sem qualquer obrigatoriedade de quem quer que seja me escutar/ler a partir daqui, no caso converso eu que sinto necessidade de o fazer, desde logo para dizer que em circunstâncias ditas normais, com base na foto exposta
ficar-me-ia pela respectiva legenda imediatamente acima. Mas dado que desapareci
repentinamente durante cerca duma semana sem mais, subsequentemente
é-me no "mínimo" suscitado acrescentar:
Claro que eu só tenho necessidade de dizer/escrever isto,
porque tenho já aqui uma pequena e mas excelente comunidade de seguidora/es que
muito prezo e com que ao menos em alguns casos criei uma espécie de amigável
afinidade, pois caso contrário eu iria e viria por maiores ou menores
intervalos de tempo sem necessidade de explicar minimamente o porquê de estar ou de me
ausentar.
Além de que a minha ultima ausência, de praticamente uma
semana, enquanto tal não muito longa mas tão pouco muito curta, neste último
caso em especial se perante e para com precisamente algumas das pessoas com
quem já criei algum nível de afinidade e como tal de existencial compromisso
virtual, devo dizer que foi uma ausência de fundamento algo complexo de
explicar, em sequência do que por concreto exemplo nas últimas semanas escrevi
várias dezenas de páginas, enquanto algo acerca do que não consigo falar em
poucas palavras. Além ainda de que tudo isto faz parte integrante duma minha
base existencial de fundo, em sequência da que inclusive comecei originalmente
a escrever acto espontâneo há mais de duas décadas e em sequência do que
escrevi milhares de páginas, muitas delas manuscritas e em muitos respectivos
casos já não existentes. Pelo que por exemplo qualquer resumida tentativa que
fiz de vos falar grosso modo e o mais resumidamente possível tão só a
respeito da minha ultima ausência daqui redundou sempre e como mínimo em
mais de duas páginas A4, sem jamais terminar de ficar satisfeito, até por
enquanto baseado essencialmente em mim por mim mesmo. Salvo que ontem
Quinta-feira 05 surgiu algo que me suscitou escrever ao respeito, mais uma vez
duma forma não necessariamente resumida _ como constatável, mas ao menos dentro
dum contexto, por assim dizer mais balizadamente enquadrado no meio envolvente,
aquém e além da minha unilateral perspectiva própria ao respeito, sem mais.
Sendo que falar ou escrever acerca de nós mesmo nunca é muito fácil ou se acaso
sequer devida e imparcialmente objectivo, mesmo que e/ou até porque eu seja um
senão feroz, pelo menos um muito significativo auto critico de mim mesmo. O que
contrabalança qualquer minha semi-objectiva ou subjectiva tendência de falar ou
escrever em meu unilateral favor, aquém e além do que diga a minha vida prática
e concreta do dia-a-dia.
De entre o que antes de entrar nesse contextual e por assim
dizer balizado enquadramento que ontem surgiu,
vou genericamente explicitar o mais imediato motivo desta minha
última ausência, que foi o facto de com culminação no passado Domingo eu ter
andado nas ultimas semanas a funcionar ao menos em parte por
abnegado/desapaixonado abandono a solicitações externas, o que por si só
coincide pouco ou nada com a minha presença aqui, dado que esta depende da
minha expressão fotográfica e/ou escrita, que em qualquer dos casos coincide
mais com minha interessada/apaixonada entrega à vida. Sendo que até pró
subsistentemente, duma ou doutra forma eu até consigo encontrar e sustentar
algum equilíbrio prático de entre uma coisa e outra: abnegado abandono e
interessada entrega. Até porque por exemplo a minha expressão escrita deriva
essencialmente dum meu longo processo de auto gestão pessoal e existencial
próprio/a que faço desde há décadas, por assim dizer de entre o mais genérico
paradoxo existencial e mas no caso concreto de entre a minha tendência de
abnegado/desapaixonado abandono por exemplo a solicitações externas e/ou a
imposições superiores, como meu princípio sociocultural a partir duma base existencial
prática bastante humilde e/ou mesmo obediente; versos a não menos minha
tendência de interessada/apaixonada entrega à vida, neste caso por minha
primordial e inata natureza pessoal, humana e vital própria. Mas também dai que
por vezes e em determinados casos se me torne, ao menos momentânea e
circunstancialmente difícil ou mesmo impossível encontrar e contrabalançar auto
gestionados equilíbrios práticos, como designadamente expressivos de entre uma
coisas e outra, a exemplo do que sucedeu nos últimos dias. Restando-me, nestes
últimos casos mais difíceis, reflectir e contemplar auto gestionadamente ao
respeito e na sequência, normalmente a um nível de maior quietude e silêncio
possível, por assim dizer a um nível mais austeramente
monástico/eremítico do que do que expansivamente interactivo/expressivo. Também
por isso muito difícil falar ao respeito em poucas palavras e as espaços mesmo
em absoluto. Como dalgum modo me sucedeu na última semana e até ao presente
momento.
Mas eis senão quando precisa e curiosamente, como que
por magia da própria vida, na noite imediatamente anterior (ontem
Quinta-feira 05 para hoje Sexta-feira 06) assisti a uma reportagem televisiva
acerca das imensas riquezas arqueológicas nacionais, quer em águas territoriais
próprias quer em águas internacionais a nível global, em qualquer dos casos com
ditas riquezas arqueológicas abandonadas pelo próprio Estado; sendo que nem
mesmo quando arqueólogos/exploradores internacionais procuram
envolver/interessar o Estado português nos achados e respectivas recuperações
arqueológicas alusivas a Portugal, isso parece surtir grandes resultados
práticos por parte das diversas administrações do Estado nacional; como seja
que está uma imensa riqueza arqueológica de origem nacional já recuperada por
entidades nacionalmente externas, como por exemplo em Omã e/ou na Nabia, sem
concreta participação ou substancial interesse nacional, além de muitas
outras riquezas equivalentes identificadas e ainda por recuperar quer em águas
nacionais quer em águas internacionais, mas sempre e em qualquer dos casos com
o Estado português a mostra-se prática e essencialmente desinteressado. Isto
quando parece que os vizinhos espanhóis reclamam os achados arqueológicos com
origem em Espanha ou em barcos espanhóis afundados ao redor do mundo, inclusive
recuperando Espanha os seus próprios tesouros arqueológicos em águas
internacionais e portuguesas em concreto, com alguma dessas recuperações até
derivada de batalhadas jurídicas vencidas em tribunal, como sucedeu nos EUA em
sequência dum tesouro arqueológico de origem espanhola extraído e desfrutado
por entidades extra Estado espanhol. Como seja que a
oficial atitude Nacional portuguesa, no caso concreto é a dum nunca
melhor dito: abnegado/desapaixonado abandono. Como seja que quando eu mesmo
ando há dias com aguda e mesmo desanimada auto noção do meu
abnegado/desapaixonado abandono próprio, de repente senti um forte sentido de
pertença, inclusive a toda uma nação, confesso mesmo que nas circunstâncias em
causa senti-me e enquanto tal sinto-me um: Bom Português! Mesmo que tudo isso
não necessariamente pelos melhores motivos, que inclusive no seu global
conjunto me leve a concluir que da minha unilateral parte serei mais um bom
influenciável sob o genérico e/ou oficial espírito envolvente do que um bom e
bem caracterizado autónomo.
De qualquer modo estou ao menos momentaneamente de volta a
esta minha expressão escrita e também fotográfica, que em qualquer dos casos e
mas em especial este último caso é essencialmente derivado de e para com minha
interessada/apaixonada entrega à vida. De entre o que a foto acima foi feita no
passado Domingo, dia de votos, numa sequência em que se eu tivesse saído de
casa apenas para votar seguramente não o faria. Pelo que quando numa
circunstancial conjugação existencial de entre mim e o meio envolvente em que
acabei por precisamente numa base de abnegado/desapaixonado abandono me ter
comprometido no explicito apoio a uma eleitoral candidatura
político-partidária, enquanto algo que tem pouco ou mesmo nada que ver comigo,
até porque tenho-me e auto assumo-me a mim mesmo como alguém suficientemente
complexo e multifacetado, como para ter unilaterais simpatias ideológicas e
menos ainda meramente partidárias. Pelo que ter de ir votar nesta base e
sequência pressupôs para mim uma contrariedade própria para com a que tive de
arranjar uma auto justificação para tão só sair de casa, que na circunstancia e
não estando absolutamente pré programado, essa auto justificação foi sair para
fotografar e então sim de passagem pelo local de voto que dista escassa centena
e meia de metros de minha casa, exercer o correspondente direito de voto, dito
democrático. Cujo o global efeito de tudo isso em mim, me levou a ausentar-me
daqui devido a meu significativo sentimento de descaracterização própria dai
derivada; apenas com ressalva para o facto de que quando acedi a prestar
explicito e mas também abnegado/desapaixonado apoio a uma eleitoral candidatura
político-partidária, foi num momento e numa conjuntura em que da minha parte e
à altura me sentia significativamente inútil de mim para mim mesmo, coincidindo
por exemplo isso com uma fase em que postei aqui um foto e respectivo texto sob
titulação "Estado de espírito", aludindo dalgum modo a esse meu
sentimento de inutilidade de e para comigo mesmo. Coincidindo isso dalgum modo
ainda com o momento em que quando a poucas horas, por si só na imediata noite
anterior a fechar o prazo para formalização legal das candidaturas políticas às
eleições autárquicas, tanto mais se na minha região só havendo duas
candidaturas possíveis, em que mesmo após e como até então incontornável norma
em mim eu ter negado explicito ou absoluto apoio a essa ou a qualquer outra
candidatura, quando esse apoio me foi solicitado, no entanto já depois e
autonomamente por mim mesmo me ofereci como apoiante da mesma; o que só posso
ou consigo explicar desde logo de e para mim mesmo como uma semi-objectiva e
intuitiva forma de me provocar uma auto gestionada reacção face ao meu
sentimento de auto inutilidade própria naquele momento, além de que se enquanto
sendo útil a algo ou alguém mais, desde que esse algo ou alguém social e
legitimamente aceite como tal, eu terminasse sentindo-me minimamente útil a mim
mesmo. O que não deixou de se cumprir, pois que nos dias e semanas imediatas a
eu prestar esse explicito apoio a uma candidatura político-partidária, ainda
que na condição de eu não participar em campanhas eleitorais ou em qualquer
outras iniciativas relacionadas, o facto é que contextualmente o meu processo de auto gestão
inerente até se agudizou e aprofundou a ponto de me ter lavado
a escrever dezenas de páginas relacionadas com o contexto em causa ou em
directa sequência do mesmo. Sendo que o próprio acto de escrever nasceu originalmente e prevalece continuamente em mim, como uma espécie de pró vital, sanitária ou subsistente
ponte de entre os diversos factores subjacentes ao próprio e primordial
paradoxo existencial, no meu caso pessoal muito traduzido de entre as
minhas vertentes de por um lado abnegado/desapaixonado abandono e por outro
lado interessada/apaixonada entrega à vida.
Ainda que no próprio dia do voto em si mesmo
e mas em especial por determinadas circunstancias subjacentes ao mesmo que não vou descrever agora aqui, tanto mais se em associação ou dissociação a todo o meu global desencontro com a dimensão político-partidária modo geral, enquanto determinadas circunstancias essas que não terminei ainda e que de resto suponho levarei indefinido tempo a digerir, tão só ir votar e nas circunstancias em causa foi algo que me custou muito
para além do que eu poderia supor, desde logo quando por circunstancial antecipação me
havia predisposto a prestar explicito apoio a uma candidatura
político-partidária. Como resumidamente seja que apesar de e/ou até por tudo
fui exercer o direito de voto, em mínima coerência com o facto de ter prestado
explicito apoio a uma das candidaturas político-partidárias a votos, mas de forma
altamente contrariada de e para comigo mesmo. Ou seja ainda que paguei caro o facto
de ter auto violado um meu princípio existencial próprio, inclusive derivado do meu longo e incompatível processo de auto gestão pessoal e existencial próprio/a, que era e é o princípio de manter distancia face a meros compromissos ideológicos, em especial se num unilateral sentido partidário, independentemente da sua original base ideológica de fundo. De entre o que salve-se então o
facto de que de momento e quase uma semana após, estou de regresso aqui como uma minha mais
interessada/apaixonada entrega à vida, tendo por base uma foto que resultou de
eu ter saído de casa para votar, ainda que só se justificando fazê-lo, ao menos de mim para mim mesmo, em auto esforçado e oportuno nome de ir fotografar _ mas a partir de que quer o acto
quer o resultado fotográfico propriamente ditos me resultaram algo
essencialmente satisfatório e natural.
Imagino que seria o lugar ideal para escutar o seu jeito de bem falar!!! Bj
ResponderEliminarA verdade é que, e ainda assim apesar de minhas muitas lacunas inerentes, escrevo melhor do que falo, que de resto até talvez escreva (muito) porque falo pouco. Mas de qualquer modo "o lugar é ideal" para uma qualquer convival conversa, melhor se entre interlocutores que saibam "bem falar"! :)
EliminarObrigado, minha amiga
Beijo
Uma imagem muito bela, vibrante, convidativa, e apelativa... e que nos remete para nos envolvermos... em tudo o que nos rodeia... de positivo, e/ou menos bom... e que nos devolve a paixão pela vida... tal como ela se apresenta...
ResponderEliminarUm grande abraço!
Ana
Obrigado minha amiga, de facto esta imagem veio na sequência da minha tentativa de primeiro justificar e depois compensar positivamente algo que para mim foi um verdadeiro sacrifício... para com o que salvo a imodéstia, ao menos de mim para mim mesmo, creio que a justificação e a compensação valeram muito a pena, se acaso tão só pela foto acima... tanto mais assim se esta última toca e/ou inspira positivamente outras pessoas como na circunstancia a Ana... caso para dizer "há males que vêm por bem!" ;)
EliminarAbraço
VB