Se acaso peço desde já perdão por vos contar a
seguinte história, essencialmente enquanto a mesma como minha pró vital,
sanitária ou subsistente forma própria de lidar com as reais circunstâncias
inerentes à mesma, isto com mais de 99% de probabilidade do seu pior derivar de
pejorativa acção da minha própria humanidade! Desde logo com a ressalva de que
o que vou relatar de seguida é algo comum na própria natureza, como seja os
elementos progenitores duma determinada espécie perecerem, desde logo às garras
ou presas dum seu respectivo predador natural, deixando as respectivas crias ao agonizante e fatal abandono. Só que na natureza, por
esmagadora norma, as espécies só se matam de entre si para efeitos de
subsistência orgânica de cada uma; enquanto o ser humano mata por todos os
motivos e mais um ou até por motivo algum, desde logo como as restantes espécies mata por natural necessidade
de subsistência própria, mas também mata por luxúria,
por ganância, por desporto, por prazer, por preconceito, por ignorância, por arrogância,
por prepotência, por pura estupidez, …, não raro matando, lamentavelmente, só
porque sim ou porque não!?
Pelo que sem pretensões puramente fotográficas, ainda que tão pouco descorando de todo essa
vertente, mas acima de tudo com pretensões documentais, vou passar a contar-vos uma história de esperança
através da fotografia, que mesmo correndo o risco de redundância fotográfica, no entanto
faço questão de postar fotos de cada dia a que as mesmas aludem, tudo com complementar
suporte escrito.
Começando
por confessar que por qualquer natureza própria tenho tendência a prender-me a
causas tendencialmente perdidas, desde logo porque tendo a empatizar com a
réstia de vida e de respectiva esperança inerente a esses mesmos casos. Claro
que sofro tremendamente com isso, designadamente durante toda a angustiante fase
em que se mantém a esperança, mesmo que com perspectivas de vital sucesso
presas por uma linha muito fina, não raro redundando em fatal resignação.
O
que no presente caso de entre fotografia e texto, da minha leiga e mas também
sentida perspectiva própria, a seguinte história viva e como tal em aberto, com
correspondentes “cenas dos próximos capítulos”, até ao presente momento
resume-se condensadamente assim:
Dia 05/05/2017
Até por um meu desde há muito auto
imposto princípio próprio, que é o de salvo as devidas excepções, de resto e
modo geral se à partida sinto ou sei que não posso ser positiva/vitalmente útil
ao que ou a quem quer que seja, desde logo ao meio ambiente natural que
inclusive me transcende em muito, prefiro abster-me de interferir, deixando a
natureza das coisas, desde logo da própria vida falar/agir por si só. O que por
norma até leva a que com relação à própria natureza selvagem eu nem repare
muito nos processo inerentes à mesma. Mas como no passado dia cinco (05) se
conjugaram condições climáticas que me agradam pró fotograficamente, o que no
associado caso me suscitou fotografar uma família de cegonhas que como noutras
ocasiões nidificou mesmo em frente a minha casa. No caso família de cegonhas
que para além dos dois progenitores eu sabia já incluir crias, ainda que não
soubesse quantas. De resto dessa sequência resultou uma foto que no passado dia
sete (07) _ dia da mãe _ publiquei aqui sob titulo “Maternal”, duma perspectiva
essencialmente fotográfica. Mas a que agora adiciono as seguintes fotos, mas
agora duma perspectiva já mais documental, que enquanto feitas ainda no passado
dia cinco (05) são as seguintes:
Dia 10/05/2017
As fotos feitas no imediatamente passado dia cinco
(05), foram concretizadas duma forma algo improvisada. Mas como no seguinte dia
seis (06) as condições climáticas já tinham derivado para um nível pouco pró
fotograficamente interessante para mim. A partir de que desinteressando-me pela
fotografia também deixei de atentar na família de cegonhas, aquém e além de como
sempre dar por mim esporadicamente a observá-las só pela facilidade de as ter
em frente a casa. Isto até que no subsequente dia (10) as condições climáticas
voltaram a evoluir para um nível mais pró fotograficamente apelativo para mim e
para este tipo de fotografia mais paisagística e/ou da vida natural selvagem. A
partir de que já na tarde do subsequente dia (10) voltei a tentar fotografar de
novo a família de cegonhas, inclusive duma forma logística e objectivamente mais
preparada do que a forma mais improvisada em que o fiz no imediatamente
anterior dia (05); inclusive pretendia agora fotografar as cegonhas dum
determinado ângulo e com determinadas condições de luz, inclusive a quando dum
dos elementos progenitores da família de cegonhas a pousar ou a levantar do
ninho, nas suas idas e vindas na tarefa de alimentar as crias. Só que ao invés
do que se passara no anterior dia cinco (05) em que em cerca de pouco mais duma
hora um dos progenitores saiu e regressou ao ninho três vezes, enquanto outro
se mantinha em guarda no ninho, no entanto neste subsequente dia dez (10) e
após cerca duma hora e meia em espera não vi mais movimento do que o progenitor
que se mantinha em guarda no ninho e alguma das crias que a espaços levantava
suficientemente a cabeça como para se ver a partir do chão onde eu me
encontrava. O que me levou desde logo a achar aquilo algo estranho, desde logo
em comparação ao ocorrido no transacto dia cinco (05), mas não conhecendo eu
objectivamente bem o comportamento das cegonhas também fiquei na dúvida de
entre saber se este último comportamento seria algo meramente diverso e mas
eventualmente tão natural como o do anterior dia cinco (05); o facto é que sem
a presença dum segundo progenitor a levantar e a pousar no ninho, também poucas
e fotograficamente despretensiosas fotos fiz, tendo sim ficado curioso e
intrigado com relação aquele díspar comportamento das cegonhas de entre um dia
(05) e outro (10) e como tal também mais atento, a partir de que passei a
observar as cegonhas mais objectiva e atentamente, desde logo a partir de casa.
Com primeira observativa conclusão de que neste dia dez (10) não voltei a ver o
segundo progenitor e nem o progenitor que se mantinha no ninho de lá voltou a
sair até a noite cair. Comecei então a ficar preocupado, com a suspeita de que
algo anti-natura se estaria a passar, mesmo que na minha leiga e pró optimista dúvida
de que tudo aquilo poderia ser normal, com apenas alguma circunstancial
variação face ao anterior dia cinco (05), pelo que nesta noite de dez (10) para
onze (11) ainda dormi relativamente descansado, mas já com uma sensação
estranha com relação aquela família de cegonhas. Para com o que cujas
documentalmente ilustrativas fotos da minha observação do dia dez (10) são:
Dia 11/05/2017
Que dada a díspar sequência comportamental das
cegonhas de entre os dias cinco (05) e dez (10), no subsequente dia onze (11)
passei logo a partir da manhã a observar a família de cegonhas, o que com alguns
pontuais interregnos de por meio, mas ainda assim com reforço familiar, tão só
da minha parte cheguei a estar em observação mais se duas horas seguidas, sendo
que no final da tarde e até mesmo ao cair da noite, estive cerca de quatro
horas consecutivas em observação. E durante todo o tempo de observação no dia
onze (11) em momento algum o progenitor presente no ninho de lá saiu, nem o
outro segundo progenitor regressou ao ninho uma só vez. Aqui já escusado será
dizer que para além de estranheza também já uma certa angustia começava não só
a tomar conta como mesmo a crescer em mim. Desde logo passei a imaginar que
algo mau de fatalmente mau passara com o progenitor ausente _ que de resto
segundo sei não é a primeira nem a segunda,… vez que tal sucede _ e por força
da sua própria natureza o progenitor presente no ninho se mantinha em guarda e em
respectiva espera pela/o companheira/o, com natural prejuízo de toda a família
e desde logo das crias, seguramente com crescente fome e sede _ de mal o menos
que o tempo estava chuvoso. De resto as condições climáticas que pró
fotograficamente me interessavam incluíam precisamente chuva entremeada com sol
e no caso sempre que chovia o progenitor no ninho de imediato protegia as crias
com o corpo e com as asas, desde logo aninhando-se sobre elas e logo que parava
de chover e o sol voltava esse mesmo progenitor levantava-se, sacudia as assas,
limpava as penas com o bico e sem mais continuava imóvel em guarda dos filhos e
em indefinida espera pelo outro progenitor. Pelo que neste dia onze (11),
apesar de todas as preocupações da minha própria vida, que por exemplo incluem a
condição de desemprego, reforçada pela não menos preocupante condição de
relativamente prolongada baixa médica, no entanto não consegui evitar que a situação
daquele família de cegonhas me começasse a incomodar/perturbar mais que os meus
próprios problemas, pelo que nesta noite de dia onze (11) já me deitei com
significativa e crescente angustia derivada da anómala situação das cegonhas,
inclusive durante todo o dia até já pensei pouco ou nada em fotografia, de
resto neste dia só fiz uma única foto a partir de casa alusiva aludindo a esta
família de cegonhas, cuja foto em causa é a seguinte:
Dia 12/05/2017
O subsequente dia doze (12) já foi para mim
essencialmente dominado pela situação da família de cegonhas, que mais uma vez
com alguma ajuda de meus familiares, passei a observar desde manhã. E também mais
uma vez com o elemento progenitor restante desta família de cegonhas ininterruptamente
presente no ninho, sem que o outro respectivo elemento progenitor regressasse
ao ninho. Seja que aqui já caminhava para pelo menos quarenta e oito (48)
horas, sem que houvesse qualquer positiva alteração, para uma situação que,
mesmo leigamente da minha parte, se me afigurava cada vez mais angustiantemente
preocupante. Sendo que me mantive em mais ou menos permanente observação desde
manhã até cerca das quinze horas em que tive de sair para afazeres familiares,
só tendo regressado já noite dentro. De entre o que nem a série de afazeres
familiares, a distância e mais uma série de distracções envolvente me chegaram
a fazer esquecer totalmente a situação daquela família de cegonhas, até porque
logo após eu teria de voltar a enfrentar os factos, pelo que já de volta a casa
e durante o caminho cheguei a sentir-me crescentemente angustiado, primeiro
duma forma semi-inconsciente e depois cada vez mais consciente do motivo dessa
angustia. Mas entretanto durante a manhã, cheguei a aproveitei para fazer mais
algumas fotos alusivas a esta família de cegonha, mas então já só com
preocupações pró documentais, de cuja meia dúzia de fotos que fiz neste dia
doze (12), as duas seguintes são prático exemplo:
Dia 13/05/2017
Após tudo o anterior, o que posso dizer do dia (13)
senão que tudo se mantinha como anteriormente, incluindo acréscimo da minha
angustia inerente. Ainda que aqui tenha tido uma noticia que indiciava uma
ligeira variação no comportamento do elemento progenitor presente no ninho, que
foi o facto de em sequência de no dia anterior (12) um meu familiar ter falado
a uma vizinha acerca do que se passava com as cegonhas, respectivamente durante
a tarde de dia doze (12) em que familiarmente estivemos ausentes de casa, a
respectiva vinha em causa a quem se tinha falado na situação, na respectiva
manhã de dia treze (13) disse-nos que na tarde anterior do dia doze (12) o
elemento progenitor presente no ninho havia saído pelo menos uma vez e regressando
algum tempo depois. O que me levou a pressupor que o mesmo se haveria ido
alimentar já em última instância e que eventualmente haveria trazido algum
respectivo alimento para as crias, que então eu já sabia serem três dado tê-las
visto e fotografado a partir da torre da igreja no dia anterior (12). Isto ainda
que no próprio dia treze (13) o elemento progenitor não tenha saído do ninho
uma única vez durante a manhã, mas durante a tarde saiu três vezes, mesmo que
tendo de deixar as crias desprotegidas quer do clima quer de eventuais
predadores, com a última dessas saídas a ultrapassar em muito uma hora de
ausência, incluindo que entretanto anoiteceu sem que o mesmo regressa-se, o que
no topo da angústia me levou a pressupor que eventualmente em desespero de
causa esse derradeiro elemento progenitor abandonara definitivamente o ninho. Procurei
mais tarde, já noite dentro constatar a presença ou ausência do elemento
progenitor no ninho e para meu mínimo alívio, o mesmo afinal regressara já
mesmo de noite. Sendo que durante todo o dia (13) fiz mais uma série de fotos,
com a particularidade do elemento progenitor restante, ao menos durante toda a
manhã, se ter mantido durante longo período numa posição estática e
semi-fechado sobre si mesmo, o que salvo as suas saídas da parte da tarde, à
partida me fez pressupor uma situação de abnegada/resignada e enquanto tal
angustiante letargia por parte deste elemento progenitor, com respectiva
sequência nas suas crias, como dalgum modo documentam as seguintes fotos:
Dia 14/05/2017
Dia catorze (14) o elemento progenitor restante
estava ausente do ninho logo às sete da manhã e assim se manteve por cerca de
mais de duas preocupantes horas consecutivas, em que inclusive aproveitei para
fotografar e filmar as de momento já só duas crias no ninho, num misto de
esperança de que estas ainda se salvem e mas também de angústia por
eventualmente isso não suceder, até porque se para tal não me bastasse o senso
comum, entretanto também andei a ler algo na Net acerca dos hábitos de
alimentação e de procriação das cegonhas e um dos itens li dizia que ambos os
elementos progenitores alimentam as crias, inclusive com significativa assiduidade
e abundância, além de que por norma fica sempre um dos progenitores no ninho a
proteger as crias dos predadores, dos elementos climáticos (frio, calor, chuva,
etc.) ou dalgum acidente, como possível queda das crias do ninho. Pelo que num
misto de senso comum e de avalisada leitura dedicada _ salvo sempre possível
milagre _ de resto não estou muito bem a ver como pode um único elemento
progenitor alimentar e proteger as crias, mesmo que sendo já só duas, visto que
a terceira talvez já tenha morrido e/ou caído do ninho, o que em qualquer dos
casos não consegui comprovar. No entanto o facto é que quando escrevo estas
linhas, já passando das vinte horas da tarde, posso confirmar que o progenitor
restante já se ausentou e regressou ao ninho quatro vezes só neste dia (14), pressupondo
eu que o mesmo que está crescentemente activo quer pró auto subsistência
própria, quer pró sustentação das crias que lhe restam, inclusive à semelhança
do anterior dia (13) o mesmo está ausente imediatamente antes de anoitecer, ainda
que hoje catorze (14) tenha regressado ao ninho um pouco antes de terminar de
anoitecer. No caso dia de hoje (14) de que também deixo documental referência
fotográfica, inclusive por que fotografei mais do que costume e até filmei,
levando a significativa dificuldade em escolar as fotos a postar aqui, que no
caso terminam sendo as seguintes, com complementar adição dum pequeno vídeo:
15/05/2017
Hoje dia quinze (15) continua tudo em aberto, desde
logo com a/o única/o progenitor/a que resta, a sair e a voltar ao ninho com
alguma regularidade, ainda que imagino não com tanta regularidade quanto fosse
os dois progenitores e inclusive com relativamente longos períodos de ausência,
por vezes a ultrapassar uma hora consecutiva deixando as crias à sua sorte,
desde logo sem protecção face à mais diversas ameaças, a começar pelo clima, já
calor. Seja que terminado o dia, posso dizer que da parte da manhã não tive grande
oportunidade de observar o comportamento desta família de cegonhas, apenas com
um dos elementos progenitores. Mas de entre a ausência do ninho por parte do
elemento progenitor restante logo pela manhã e a sua presença no ninho ao inicio
da tarde, reforçado por três idas e vindas ao ninhos durante a tarde, fez-me
concluir que tudo estará a correr na melhor medida do possível, de entre este
mesmo elemento progenitor sair para se alimentar a si mesmo e trazer alimento
para as, que espero, ainda duas crias restantes. Pelo que até devido a outros
afazeres, hoje optei por fazer uma observação mais à distância, a partir de
casa, e também mais esporádica, mas suficiente para por mim mesmo e com ajuda
externa me aperceber das idas e vindas ao ninho do único elemento progenitor
desta família de cegonhas. Dai que também tenha feito poucas fotos e significativa distância, uma das fotos a retratar ausência e outra a retratar a presença do elemento progenitor no
ninho, em ambos os casos com pouca qualidade fotográfica final, dado que
derivam de fortes recortes de imagem:
…com respectivas cenas
dos próximos capítulos!...
VB
RECEBEREDAR.BLOGSPOT.PT (PORTUGAL)
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