terça-feira, 16 de maio de 2017

Progenitor/a coragemII


Hoje dia 16 a primeira grande constatação é que positiva e corajosamente contra, inicialmente a sua vã espera pelo/a progenitor/a desaparecido/a, a que subsequentemente se adicionou a sua letargia perante três crias para alimentar sozinho/a, em qualquer dos casos com meu pró fatalmente angustiante desespero por tudo isso, o facto é que o/a progenitor/a restante desta família de cegonhas reagiu e como tal continua a na medida do possível ir e vir do e para o ninho, na busca de se subsistentemente se alimentar a si mesmo/a é à/s cria/s restante/s. Segunda grande constatação é que de facto já não são crias e mas sim a cria restante, porque já só resta mesmo uma. Sendo que inicialmente eram três e pelo menos até antes de ontem (14) ainda restavam duas, ainda que uma já significativamente debilitada.  Terceira grande constatação é que a cria restante oscila entre alguma vitalidade com alguma inversa debilidade. Até porque para se ter uma ideia do que falo, hoje mesmo 16, estive consecutivamente em observação do ninho desde pouco depois das onze horas da manhã até algo depois das catorze horas da tarde, sempre com a cria sozinha no ninho exposta às mais diversas ameaças, desde logo a cair do ninho em sequência de quando em actividade se aproximar muito das bordas deste último, mas se acaso com destaque para a ameaça que é o crescente calor que já se faz sentir a meio de Maio. De resto na última das três horas em causa, a cria já se movimentava muito pouco, aquém e além de baixar a levantar a cabeça, regra geral ofegante com o bico aberto, além de por fim fazer cada vez mais uma espécie de gutural som de aflição. Até que finalmente, quando eu mesmo já começava a descrer no regresso do/a progenitor/a restante, eis que este/a último/a aparece no céu ao longe, não tardando a que a própria cria se apercebe-se da sua aproximação, levantando a cabeça, curvando o pescoço para trás e fazendo o tradicional som de bater com o bico característico das cegonhas adultas, em especial em época de acasalamento _ mas parece que não só. Tudo isto com extensão a cerca das sete da manhã em que um meu familiar interessando, na respectiva medida do possível, começou a partir de casa a observar o comportamento desta família de cegonhas, já só monoparental e mono cria. Com então subsequente posterior reforço de toda a minha mais objectiva e ininterrupta observação, entre as onze horas da manhã e as quase quinze horas da tarde, com gráfico resultado em diversas fotos e algum vídeo. E agora no final do dia o balanço diário final é o de que segundo minha observação, o/a progenitor/a anda a alimentar a cria entre três a quatro vezes ao dia, despendendo em média de, mais ou menos, duas horas em cada ida e vinda em procura de alimento. Cujas fotos, mais significativas do dia são então e também estas:   



E mas agora, para contextualizar tudo isto um pouco mais e melhor, enquanto da minha parte, devo talvez acrescentar que não sou nenhum naturalista radical, longe disso. Ainda que por um misto de minha vivência, educação e natureza própria, sempre senti atraído pela vida natural, ainda que em algumas intermédias fases da minha existência, em especial da juventude, em que senão fui anti-natura, pelo menos procurava distância da natureza selvagem, no entanto modo geral e conclusivamente enquanto adulto cimentei um significativo, por não dizer profundo respeito pela natureza selvagem, que dalgum modo já me vinha semi-natural e educacionalmente da infância _ isto na medida em que as influências adultas da minha infância que respeitavam a natureza tiveram um indefinidamente maior peso na minha vida do que as que não respeitavam a natureza, dai que haja um misto de minha natureza próprio e de influência envolvente. Cujo uma das consequência foi que salvo motivo de força maior, como por si só sustentar a minha mais básica necessidade de subsistência, de resto se sinto ou constato que não sei ou não posso ser positiva e universalmente útil, como seja o mais transversalmente útil a mim mesmo, ao próximo e à própria vida modo geral, simplesmente prefiro abster-me de agir e/ou de interferir face ao que ou quem quer que seja. No caso inversa ou pelo menos diversamente a muitos outros seres humanos que independentemente do Universal bem colectivo humano e vital, o que absolutamente mais lhes importa é satisfazerem os seus interesses individuais ou corporativos próprios. Designadamente com pejorativas implicações ambientais, há muito se sabe que os combustíveis fosseis são altamente prejudiciais do meios ambiente, pelo que também desde há muito se devia ter começado a apostar em energias alternativas ou ditas de ambientalmente limpas, no entanto devido a interesses não necessariamente de toda a humanidade e menos ainda do meio ambiente natural, mas tão só de determinados grupos humanos que por si só exploram os combustíveis fosseis, estes últimos estão ainda longe de deixar de ter a hegemonia como fontes energéticas básicas. Como seja que no meu caso de todo mais que ser radical neste ou naquele outro sentido, o que procuro constante e permanentemente são pró positivos e universais equilíbrios próprios, que até como tais se reflictam no meio envolvente modo geral, por mais que isso me custe a mim e eventualmente interfira com mesquinhos (individualistas/corporativos) interesses instalados. Dito isto e aplicando-o ao caso da família de cegonhas aqui em causa, ainda que sintetizando em muito um vasto raciocínio que poderia desenvolver ao respeito, digo tão só que: o poste sobre o qual as cegonhas fazem o ninho junto à igreja local foi objectivamente preparado e colocado por seres humanos para tal efeito. Só que e segundo sei não é a primeira e nem a segunda vez que uma família de cegonhas vê a sua criação interrompida naquele mesmo local, levando-me por diversos motivos e razões a pressupor em 99% de provável acção humana, directa ou indirectamente, para tal interrupção. Seja que se a confirmar-se tal facto, pior se por objectiva acção humana contra as cegonhas, tenho de concluir que há uma espécie de guerra humana, de entre os mais ou menos activos protectores da natureza e os mais ou menos activos ofensores da natureza, no caso concreto com relação às próprias cegonhas; cujo essa guerra se reflecte perversamente nas próprias cegonhas e degradantemente na minha consciência enquanto o poste em causa colocado a umas escassas centenas de metros, mesmo em frente de minha casa. A partir de que cada qual conclua o que muito bem entender, mas dependendo de como esta família de cegonhas evoluir daqui para a frente, assim será a forma como em conclusão eu agirei na respectiva sequência, o que de momento se resume a este meu acompanhamento e respectivo relato aqui no blogger ao respeito.   

                                                                                                                          VB
                                                                                                 receberedar.blogspot.pt (PORTUGAL)

Sem comentários:

Enviar um comentário