Aproveitando o titulo e o conteúdo da foto acima:
Aqui
tenho de confessar que como puro amador fotográfico dependendo doutras
actividades laborais/profissionais que sustentem a minha curiosidade/paixão
fotográfica. Sendo que as coisas de que eu gosto, como a fotografia, ou as faço
de corpo e alma ou não as faço em absoluto, porque mesmo não me tendo como um
radical em coisa alguma, no entanto a este nível, por assim dizer, de paixão, sou
de tudo ou de nada. Logo como não profissional fotográfico, que não sei até que
ponto é melhor ou pior assim, no entanto leva recorrentemente a que possa estar
ou até mesmo a não poder deixar de estar semanas e a espaços até meses sem
fotografar em absoluto, por carência de tempo e/ou até de disponibilidade
pessoal geral para tal, mas quando a ocasião se proporciona, nem que seja por
um escasso dia, em semanas ou em meses, então fotografo quantitativa e na
medida do possível qualitativamente como se não houvesse amanhã, como seja com
total entrega.
Mas!
De entre o que entra a particular curiosidade de nos cerca de últimos dois anos
eu ter significativa disponibilidade temporal derivada dum misto de prolongada
baixa médica associada a condição de desemprego _ até porque o ortopédico motivo
de baixa médica interfere directamente com as actividades laborais/profissionais
essencialmente físicas que eu pratico, pelo menos de há cerca de década e meia
a esta parte. Ah! E já agora devo referir que isto sem qualquer intermédia subsidiação
estatal de que inclusive auto abdiquei logo à partida, acima de tudo por um meu
princípio próprio de fundo, cuja objectiva descrição não cabe agora aqui. Mas
dai derivando uma significativa austeridade financeira, com acrescida e mais substancial
intranquilidade interior, acima de tudo com relação ao futuro, mesmo que por
circunstancias da própria vida, desde há muito, dalgum modo desde globalmente
sempre eu me tenha habituado a viver na instabilidade, designadamente
laboral/profissional, mas também existencial geral, como seja com permanente
adaptação às circunstancias do dia-a-dia, que no meu caso são
significativamente voláteis e estão muito aquém e além de carreiras e/ou de
projectos de longo prazo. Como seja que em permanência tudo pode mudar literalmente
dum momento para o outro e muitas vezes ou em muitos casos o pior mesmo é
quando não muda!
E não, com isto não me estou a
lamentar de coisa absolutamente alguma, porque se há coisa que até pró vital,
sanitária ou subsistentemente eu jamais deixo de fazer é procurar retirar o
mais positivo proveito de tudo isso, das circunstâncias da vida tal como ela se
me apresenta, até talvez ou seguramente por isso estou a escrever o presente.
Pelo que o que aqui e agora contextualmente pretendo é encaixar a minha curiosidade/paixão
fotográfica em toda esta sequência, para no caso dizer que a minha relativamente
amiúde presença fotográfica aqui no blogger nas últimas semanas, deriva da
disponibilidade temporal de que usufruo de momento, mas salvo uma excepção ou
outra, de resto esta minha presença não deriva necessariamente só e nem na
sua maioria de fotos recém feitas, o que como tal tem a vantagem de eu estar a
revisitar e a aproveitar fotos semi-esquecidas, em que se acaso eu estivesse
frequentemente a fotografar de novo só por certo não regressaria a pelo menos
algumas delas. Sendo que se não fotografo muito de novo, em parte é pela mais
prosaica austeridade económico-financeira, mas acima de tudo pelo paradoxal
dilema de que se por um lado disponho de tempo, no entanto não disponho de toda
a devida e mais substancial tranquilidade/disponibilidade interior.
Global sequência esta perante
a que regra geral sou mais dado a escrever do que por exemplo a fotografar, até
porque o acto de fotografar é para mim essencialmente um misto de curiosidade técnica
e de paixão recreativa, que sendo em qualquer dos casos algo positivo e
construtivo, no entanto enquanto amador não me é algo indispensável a designadamente
tão só sobreviver; enquanto escrever, inclusive contra todas as expectativas de
partida(…), nasceu de impulsivo/compulsivo acto espontâneo, como um
circunstancial/providencial meio de tão só necessitar subsistir mais um (in)constante
e (im)permanente presente momento nas e às circunstancias do meu dia-a-dia
próprio e mas também do dia-a-dia colectivo, em especial quando as interacções
e/ou as inter-influências inerentes não sejam sempre e nem por vezes de todo as melhores; isto enquanto
necessitando eu do melhor de mim para mim mesmo e para com o exterior e vice-versa
do exterior por si só e para comigo, de entre o que por assim muito
sucintamente dizer a escrita funciona para mim como uma espécie de não menos pró
positiva e construtiva catarse e/ou reciclagem interna, inclusive por via da de
todo não menos catártica e/ou reciclica (se é que este último termo existe como tal!?) leitura; e entretanto, já mais de duas
décadas após ter começado originalmente a escrever acto espontâneo para tão só
necessitar sobreviver e de durante mais duma década consecutiva tendo tido de o
fazer literalmente todos os dias, nem que para isso tivesse de perder literais noites
inteiras de sono, como recorrentemente continua a suceder, se e quando não raro
de entre dias de actividades laborais/profissionais de subsistência relativamente
exigentes, que nada têm que ver com escrita, tendo-me isso inclusive custado alguns
múltiplos dissabores, que no entanto e até à data jamais suplantaram os
benefícios. Pelo que mesmo incluindo ainda todas as minhas carências técnicas,
concepcionais e/ou substancias inerentes, o facto é que posso afirmar com toda
a propriedade que, apesar de e/ou até por tudo, tenho na escrita a minha maior,
melhor quando não mesmo única forma de expressão e até de existência própria. Na
circunstância tanto melhor se complementada por esta minha curiosidade/paixão
fotográfica, que no não menos curioso caso me está por si só a fazer escrever
ao respeito, sem ainda natural prejuízo de toda a minha restante vida
laboral/profissional, familiar, social, etc., com todas as suas incontornavelmente
melhores e piores circunstâncias inerentes, como de resto transversalmente inerente
a todos e a cada um de nós, nesta nossa condição existencial, terrena e em suma
universal _ de que a própria louva-a-Deus e a folha de limoeiro em que a mesma
está pousada na foto são derivantes exemplos. No caso justificando e sustentando
no seu todo esta minha existência fotográfica, escrita e em resumo pessoal e
humana modo geral, que no seu global conjunto aqui me trouxe e como tal aqui me
tem.
E
dito o dito, como sempre, vou procurando sustentar a minha presença fotográfica
aqui, já seja mais amiúde ou mais intermitentemente e com fotos mais recentes
ou mais remotas a partir do meu arquivo fotográfico. Em qualquer caso como uma minha
necessidade ou prazer própria/o, que por inerência justifique um respectivo mínimo
interesse e/ou prazer alheio _ desde logo de quem mais directa e explicita ou
indirecta e anonimamente aqui me segue.
Mas que enquanto precisamente neste
meu presente espaço virtual que se pretende essencialmente fotográfico, não posso
em resumo deixar de pedir perdão e de correspondentemente expressar gratidão,
em qualquer dos casos pela vossa necessária paciência face a esta minha, longa, explanação escrita _ ao menos para quem conseguiu ler o mesmo até aqui. Mas a partir de
que em conclusão e acima de tudo necessito expressar consideração e estima por
quem de bem aqui me segue, incluindo a minha profunda admiração por algum/as de
vós, que até como tal e na medida do possível eu mesmo sigo aqui no blogger e/ou
no G+. VB
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